terça-feira, janeiro 22, 2013

Medina foi homenageado: Santa Clara consagrado


Ambiente de festa no campo de Santo António, casa do Santa

Clara de alguns dos escalões de formação.

Tratava-se do jogo final do torneio de apuramento do campeão dos Açores, opondo o Santa Clara ao Desportivo Lajense. A tarde primaveril conduziu até àquele recinto muitas pessoas, entre as quais a maioria dos pais dos jogadores. Atletas que apresentaram-se com os cabelos pintados, com alguns com as caras também pintadas. Uma forma de comemorar os títulos da ilha de S. Miguel e dos Açores. Com as duas equipas perfiladas, o vereador da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Pedro Furtado, entregou a taça de campeão dos Açores de juniores ao “capitão” da equipa “encarnada”, enquanto o presidente da Associação de Futebol, Auditon Moniz, o presidente do Santa Clara, Mário Batista, o antigo jogador Medina e o jornalista José Silva, entregaram as medalhas aos jogadores e ao técnicos.

Medina, natural das Lajes do Pico e jogador do Desportivo Lajense, mas que durante muitos anos representou o Santa Clara, foi homenageado pelo Santa Clara. Deu mesmo o pontapé de saída simbólico, recebendo aplausos de todos os presentes.

O jogo foi ganho pela equipa de Ponta Delgada, por 3-0, com 1-0 ao intervalo. João Garcia, por duas vezes, e Miguel Rodrigues, de grande penalidade, foram os autores dos golos.

Ao fim de 6 jogos, o Santa Clara totalizou 10 pontos (3 vitórias e 1 empate), com 14-2 em golos, seguido do Angrense com 7 (2V1E1D), com 8-5 em golos e do Desportivo de Lajense, sem pontos (0V4D) e com 2-17 em golos.

Sorteio na sexta-feira


O sorteio da fase de apuramento das equipas que irão subir à I divisão de juniores, está marcado para as 15h00 de sexta-feira próxima.

Desconhece-se em qual das duas séries o Santa Clara irá ficar integrado. Estão apuradas as equipas do Chaves, Merelinense, Vizela (3.º melhor das cinco séries e qualificado por desistência do campeão da Madeira), Feirense, Trofense, Beira Mar, Anadia, Torreense, Mafra, Oeiras e Atlético.

Jornal Correio dos Açores



Teledesporto - 20/01/2013

Clubes desesperam pelas verbas públicas: Iminentes faltas de comparência


A falta de liquidez nas finanças regionais tem afectado quase toda as áreas que dependem de verbas do Governo, que directa ou indirectamente abrangem o quotidiano destas ilhas.

O desporto, como actividade não prioritária, é uma das que mais tem sofrido. Em silêncio... público. Nas conversas e nas reuniões é um tema em destaque.

Os significativos atrasos nas transferências das verbas já contratualizadas e a falta da assinatura dos contratos programa para este ano, levam os clubes açorianos a desesperarem. Principalmente os que estão nas provas nacionais e regionais.

Numa ronda por alguns dos clubes, todos foram unânimes em demonstrarem a sua preocupação. Mas ninguém ousou em dizê-lo publicamente.

“Não me admiro se a continuarem a não disponibilizar as verbas em atraso, possa haver um clube ou outro que dê falta de comparência num jogo a realizar noutra ilha”, disse um dos dirigentes contactados, que esperava esta semana ter recebido luz verde para ter acesso ao dinheiro, como circulou entre os clubes, as associações de modalidade e as empresas. “Mas o mesmo se passa com os clubes que estão nos campeonatos nacionais, já que tenho conhecimento de situações bem mais complicadas do que a nossa para terem crédito que permita às equipas viajar quinzenalmente até ao Continente”.

Há quem fale numa situação semelhante à da Madeira, cujos clubes sentiram dificuldades tremendas, ao ponto de alguns terem acabado por serem eliminados devido às faltas de comparência.

“Não é só a questão das dívidas para com as agências de viagens, para com a Sata, são também os adiamentos nos pagamentos a fornecedores de medicamentos, de produtos para as lavandarias e para quem nos presta assistência médica e para os postos de abastecimento de combustíveis”, disse um outro director, que comunga os problemas “de outros dirigentes, com quem tenho falado”.

CIMEIRAS ADIADAS

As habituais cimeiras com as associações desportivas, que começavam no mês de Janeiro, não se têm realizado. Há associações que pretenderam marcá-las quanto antes, mas sem sucesso. A Direcção Regional do Desporto tem estado em silêncio. Até ontem. Pelo menos já há uma indicação de que serão em Fevereiro. Diz-se que enquanto não houver a certeza de qual a percentagem na redução das verbas para o desporto, não haverá reuniões.

Pela mesma razão ainda não foram assinados os contratos programa com os clubes de cada ilha, elaborados pelos Serviços de Desporto locais, destinados à formação.

A expectativa sobre o valor dos cortes para este ano é grande. “Já ouvimos falar que será numa percentagem que põe em causa toda a actividade das associações desportivas, sendo quase certo o termo das competições regionais dos vários escalões”, adiantou-nos um dirigente de uma associação de modalidade de pavilhão.

Depois da redução de 10% em 2011, de 15% em 2012, fala-se que o valor percentual “será acentuado, mas estaremos atentos porque há rubricas que deveriam sofrer cortes mais significativos e que não irão tê-los comparativamente com as “escolinhas do desporto”, por exemplo, que tem sido a primeira abordagem das crianças às mais variadas modalidades”, rematou.

“Nós percebemos que haja cortes, que a actividade seja repensada, mas serão os responsáveis governamentais, mais as estruturas ligadas à área, a nos dizerem o que pretendem para o nosso desporto face ao panorama de crise acentuada”, disse o mesmo dirigente associativo, que não esquece “todas as intenções para o desporto do presidente, Vasco Cordeiro, mas, que, infelizmente, não serão concretizadas, porque afinal ou não estava por dentro da realidade, o que me surpreende atendendo ter feito parte da estrutura dos governos anteriores, ou porque acabou por ir na onda das promessas eleitorais cujos políticos sabem não serem possíveis de concretizar”.

P.S. É uma situação agoniante para os clubes. O desporto açoriano tem que ser repensado, porque gasta-se muito dinheiro sem o tê-lo...Eu sou apologista de termos equipas nos nacionais mas com equilíbrio, pelas minhas contas, qualquer dia existe mais nos campeonatos nacionais que nos regionais...Depois, os clubes habituaram-se mal, o governo é a santa casa da misericórdia, não pode ser!


Eu gostava de saber e, se alguém souber, quantos jogadores açorianos foram valorizados com este desporto de ricos???? Quantos clubes fecharam as portas???? Desporto de ricos e enganador, porque as pessoas pensam uma coisa e, depois, quando dão por si estão bem entaladas.


Por isso mesmo, devido ao contexto actual, tem que se repensado, estudando as melhores formas ou então caminhos a seguir nestes tempos muito difíceis que por ai chegam...


Medina


sexta-feira, janeiro 18, 2013

Este domingo na freguesia de São Mateus: XXIII Corrida dos Reis da ilha do Pico conta com 1250 participantes




Contagem decrescente para a realização da 23.ª edição da Corrida dos Reis da ilha do Pico, que vai percorrer algumas artérias da freguesia de São Mateus, Concelho da Madalena, na manhã deste domingo. A azáfama é uma constante nos habitantes da ilha montanha, mais precisamente em São Mateus, no ultimar dos preparativos para receber os muitos forasteiros, que vão participar na grande Corrida, que desde há muito uma referência no panorama Nacional e Internacional, das corridas de estrada.



Os participantes começam a chegar hoje à ilha Montanha, vindo de todos os lados e o regresso está agendado para segunda-feira.

Para além do evento desportivo de domingo, a organização oferece a todos os participantes, um programa sócio cultural durante os três dias de estadia na ilha, onde podem usufruir das belas paisagens naturais das ilhas do Pico e do Faial, bem como da famosa gastronomia da ilha e das actividades culturais e musicais tradicionais da região.

À partida estão inscritos 1250 participantes, sendo duzentos de fora da região e os restantes das várias ilhas do arquipélago e tem como convidados de honra na prova, os seguintes atletas que já foram homenageados: Fernando Mamede, Manuel Matias, Rosa Mota, Aurora Cunha, Fernanda Ribeiro, Dionísio Castro, Conceição Ferreira, Domingos Castro, Carlos Lopes, António Leitão, Manuela Machado, António Pinto, Susana Feitor, Ezequiel Canário, Vanessa Fernandes e Mário Silva.

Para o director de prova António Carlos Maciel “A Corrida dos Reis que teve o seu início em 1991 e realiza-se todos os anos no corrente mês, é sem dúvida uma grande festa de promoção desportiva e nomeadamente turística, pelas características próprias que a definem e é uma prova de Grau Nacional da Federação Portuguesa de Atletismo na Região Autónoma dos Açores”.

Esta prova, adianta Maciel “já tem uma dimensão nacional e internacional pela participação de atletas das várias ilhas dos Açores, Madeira, Continente e Estrangeiro, desde a Espanha, Bélgica, Quénia, Rússia, Ucrânia, França, Marrocos, Etiópia, Argentina, Polónia, Brasil e Estónia foram já os países que participaram com atletas de alto gabarito internacional”, regozija-se o conhecido dirigente picoense.

Segundo ainda António Maciel, este evento tem como objectivo “Promover desportivamente os Açores; criar o gosto pelo atletismo, proporcionando um número cada vez maior de atletas para a modalidade; possibilitar a competição das equipas e atletas dos Açores com outras do exterior; possibilitar ao público em geral a assistência ao um grande evento desportivo de qualidade elevada ao mais alto nível nacional e reforçar a actividade física e desportiva nas escolas.

Esta manifestação desportiva reveste-se de quatro aspectos muito importantes: Em primeiro lugar o incentivo à prática do atletismo que cada ano ganha novos estímulos, com a presença de grandes nomes do atletismo nacional e mundial.

Em segundo lugar o apelo à prática desportiva em que o desporto pode constituir uma via muito importante para ajudar à boa formação integral de cada um, das crianças e do cidadão futuro.

Em terceiro lugar a promoção regular da actividade física e desportiva dos adultos, contribuindo para a qualidade de vida e da saúde da população em geral.

Em quarto lugar uma grande jornada de cartaz turístico dos Açores e muito em particular da ilha do Pico onde tem o pico mais alto de Portugal”.

Para além dos participantes que vêm de fora dos Açores, existe a participação de atletas de São Miguel, Terceira, São Jorge e Faial, bem como da ilha do Pico com referência para a participação das escolas, onde a atleta olímpica Rosa Mota estará presente, acompanhada de um conjunto de atletas internacionais, que irão lutar para subir ao pódio na prova principal no próximo de domingo, onde se destacam nos masculinos, Sérgio Silva “Maratona”, Bruno Jesus e José Moreira “Benfica”, Ricardo Vale “Sporting”, Vítor Oliveira “Maia”, Jorge Pinto “Benaventense”, André Marques “Vale de Cambra”, Nuno Lopes “Seia”, entre outros e nos femininos Ercilia Machado “Sporting”, Susana Godinho “Benfica”, Andreia Santos “Joma”, Sara Carvalho e Joana Nunes Adercus, entre outras.

A prova realiza-se em São Mateus, com início do desfile pelas 09.30 horas, abrilhantado pela Filarmónicas União e Progresso Madalense, Lira de São Mateus, Lira das Sete Cidades, bem como da participação dos Reis Magos.

Depois da Cerimónia de Abertura haverá a caminhada para todos, seguindo as provas competitivas desde o desporto adaptado e culminando com a prova principal que terá o tiro de partida pelas 12h25.

Para além da presença da nossa embaixadora Rosa Mota, o convidado de honra será o atleta Paulo Guerra, onde é de realçar a sua carreira como atleta do Sporting e do Maratona, onde conquistou individualmente 5 campeonatos nacionais e 4 campeonatos europeus de corta mato, colectivamente 2 medalhas de ouro, 3 de prata e 3 de bronze, assim como 5 taças dos campeões europeus, competição que individualmente venceu 4 vezes.

Foi ainda Galardoado com a Medalha Olímpica Nobre Guedes em 1999.



Autor: João Patrício



sexta-feira, janeiro 11, 2013

Final da primeira volta da Segunda Liga: “Grande sarilho em que se meteram....”


Em Julho do ano passado o presidente do Desportivo das Aves disse que os clubes da II Liga estavam “metidos num grande sarilho”.

Armando Silva referia-se ao aumento do campeonato da II Liga de 16 para 22 clubes, numa época de fracos recursos das colectividades, sem patrocinadores e sem os apoios que a Liga havia definido no mandato de Fernando Gomes.

São 21 jogos em casa, contra 15 do passado recente; descem 3 equipas ao novo campeonato nacional - por troca com os vencedores de cada uma das zonas da actual II divisão -, sendo o esforço competitivo muito maior, devido aos jogos realizados a meio da semana.

Realmente é um grande sarilho, cujas consequências poderão trazer danos irreparáveis para alguns clubes e para algumas equipas.

As despesas são elevadas com o aumento de 12 jogos, repartidos, essencialmente, pelas organizações e pelas deslocações. Mais penalizados são os três clubes insulares. O Santa Clara tem um acréscimo no orçamento na ordem do 60 mil euros e o valor que recebeu não atingiu aquele montante. São mais 6 viagens e as receitas de bilheteira pouco aumentarão.



MAIS GENTE SÓ

NOS “GRANDES”



Cumprida que está a primeira volta do campeonato, a presença de seis equipas “B” dos principais clubes portugueses tem sido, como se esperava, atraente para quem as defronta, para as equipas visitadas e para... pouco público.

O número de espectadores não subiu como era expectável com as visitas de clubes como o Benfica, o Sporting, o F. C. Porto, o Sporting de Braga e o Guimarães.

Ao fim da 1.ª volta, o jogo de 4.ª feira, entre o Belenenses e o Sporting “B” (2-1), foi o que teve mais pessoas (1.858), ocupando o 11º lugar. Ou seja, até aquela posição têm tido mais público os jogos em casa das equipas “B”.

Entre os 20 jogos com maior assistência na 1.ª volta, somente o Portimonense-Benfica “B” surge na tabela (14.ª posição), com 1.812 espectadores.

Quatro daqueles clubes têm registado maior adesão aos seus jogos. O Guimarães já teve 22.540 espectadores no “Afonso Henriques”, seguido do Benfica com 18.006 na “Luz”, do Porto com 14.996 em Gaia, surgindo o Braga na 5.ª posição com 11.692 no seu campo. O Sporting, por estar a jogar em Rio Maior, dificultando a deslocação das pessoas, ocupa a 20.ª posição no “ranking” de espectadores, com 4.944 em 11 jogos. O Santa Clara está no 11.º lugar, com 8.430 pessoas contabilizadas nos torniquetes de entrada do estádio de S. Miguel, também em 11 jogos.

A presença das equipas “B” nesta divisão não acontece em todos os países. Apenas Espanha tem um modelo semelhante. Em França estas equipa militam na 4ª divisão e na Alemanha na 3ª divisão. Em Inglaterra, Holanda e Itália há campeonatos dirigidos apenas para as equipas “B”.

Em Portugal, devem todos (jogadores e treinadores incluídos) sentarem-se e fazerem um balanço se, se justifica continuar com este campeonato/maratona, apesar de haver um contrato para nos próximos 6 anos se manter este figurino.



PLANTÉIS FORA DA REALIDADE



Os parcos recursos impediram a maioria dos clubes de terem plantéis com o número de atletas apropriado para uma competição com 42 jogos. Claro que irão pagar caro, porque surgem lesões mais prolongadas e castigos mais frequentes. Quem fizer a melhor gestão será premiado tanto para a subida como para evitar a descida.

Num estudo feito por Manuel Marques, da equipa técnica do Desportivo das Aves, são necessários 28 jogadores (4 guarda-redes; 9 defesas, 8 médios e 7 avançados) para fazer face a uma prova com 42 jornadas.

À base de 23 futebolistas (incluindo 3 guarda-redes), os treinadores terão de juntar 5 juniores treinando diariamente com a equipa principal.

Para atingir o perfil ideal do jogador de II Liga, competindo numa prova com este número de jogos, é necessário que seja extremamente regular nos anos anteriores, mentalmente forte, com um registo de lesões musculares diminuto, com cadastro disciplinar regular e que tenha uma boa relação humana.



77 PONTOS PARA SUBIR



A média de pontos para subir de divisão deve rondar os 77 pontos e para não descer os 42 pontos. Esta média foi retirada do que conseguiram as equipas nos campeonatos de Espanha e de Itália com o mesmo número de clubes e durante seis épocas.

Contudo, em Espanha, houve temporadas em que foi necessário as equipas primeiro classificadas atingirem 81 pontos (08/09), 80 pontos (06/07) e 79 pontos (10/11), como noutras épocas com 71 (09/10) e 72 pontos (07/08) foi suficiente para terminar na primeira posição.

Por exemplo, para a evitar a descida em Espanha no campeonato da II Liga, houve épocas em que a primeira equipa acima dos lugares da despromoção teve de conquistar 50 pontos (09/10) e 49 pontos (07/08), como com 35 (08/09), 37 (05/06) e 38 pontos (10/11) chegaram para a permanência.

Já em Itália, em 2007/08 quem ficou em primeiro teve de somar 84 pontos, e para não descer foram precisos 48 pontos nas temporadas de 08/09 e 09/10, mas com 35 pontos “safaram-se” em 07/08.



“MARATONA” A REVER



A rever estará a “maratona” de jogos, incomportável com a realidade portuguesa.

Esta primeira edição da II Liga portuguesa começou a 12 de Agosto e termina a 19 de Maio. Oito das 42 jornadas são a meio da semana. Se contabilzarmos os jogos da Taça da Liga, o Santa Clara, por exemplo, fará 10 jogos às 4.ªs feiras.

Em Espanha, com o mesmo número de jornadas, o campeonato secundário começou a 19 de Agosto e termina a 9 de Junho, seguindo-se jogos do “play-off”. Na época passada o início foi a 26 de Agosto, com a conclusão da 1.ª fase a 16 de Junho.

Já a série “B” italiana tem um calendário parecido com o nosso. Esta temporada começou a 25 de Agosto e fica concluído a 18 de Maio, e na época anterior arrancou a 25 de Agosto e fechou a 26 de Maio. Seguiram-se os jogos do “play-off”.



Autor: José Azevedo