terça-feira, novembro 30, 2010

Infantis B empatam com o Ideal




Esperadas que eram as dificuldades, o Santa Clara até entrou bem no jogo, mas não conseguiu manter a bitola ao longo dos 60 minutos.



O Santa Clara recebeu e empatou a uma bola com o Sporting Ideal em jogo da quarta jornada do campeonato de São Miguel de infantis. As dificuldades sentidas ao longo da partida já eram de alguma forma esperadas, depois de, na primeira volta, o equilíbrio ter sido a nota dominante no jogo realizado então na Ribeira Grande.

No campo de Santo António, com o vento a soprar por vezes muito forte, o Santa Clara até entrou bem no jogo. Dominadora, a equipa encostou os verdes à sua área, desenvolvendo boas combinações entre os vários sectores. Corolário deste início positivo, a equipa de António Medeiros acabou por chegar ao golo, com Alexandre Miguel a cobrar de forma superior um livre directo, à entrada da área do Ideal.

Pensou-se que o mais difícil estava feito, já que, até então, a formação da Ribeira Grande ainda não tinha incomodado o último reduto encarnado. No entanto, o cenário acabou por se alterar. Sabendo que um eventual desaire os colocaria, desde já, fora da luta pelos lugares que dão acesso ao apuramento para a série dos primeiros, os jogadores do Ideal reagiram e partiram em busca do empate, criando algumas situações aflição para o nosso reduto defensivo. Ao intervalo, contudo, o Santa Clara mantinha-se na frente do marcador.

No segundo tempo, embora com domínio repartido, os verdes voltaram a estar melhores, acabando mesmo por marcar, num desentendimento defensivo nosso. Até final, ambos os conjuntos tiveram oportunidade para desfazer a igualdade, mas o resultado manteve-se até ao apito final.

Com este empate, o Santa Clara continua a depender somente de si para seguir em frente como uma das duas melhores equipas desta série.

No campo das Figueiras, em Santo António, o Santa Clara alinhou com: Luís Almeida; João Medina, Alexandre Miguel, Miguel Machado, Bruno Martins, Miguel Correia e Manuel Travassos. Jogaram ainda: Rafael Abranches, Francisco Lucas e Rodrigo Correia.

Treinador: António Medeiros.

segunda-feira, novembro 29, 2010

HISTÓRIAS DA MINHA VIDA..............

Nesta semana tínhamos um jogo muito importante, em casa, contra o Praiense, treinado na altura pelo Couto, meu amigo pessoal. Este jogo era muito aguardado e muito falado na comunicação social e considerado um derby açoriano.


Era uma semana de muito trabalho, de muita concentração e de muita adrenalina, mas sabia muito bem!!! O nosso treinador da altura era o Senhor Fernando Casaca, muito exigente nos treinos e fora dele, nada escapava e estava sempre em cima dos acontecimentos; realmente trabalhamos bastante e a equipa estava pronta para o jogo, muito importante para nós.

Nos sábados antes dos jogos e de manha, fazíamos um treino para descontrair e relaxamento muscular, mas as vezes as peladinhas eram "durinhas" e levadas muito a serio. Após o treino e do almoço fui para casa descansar para estar em boas condições para o encontro. Estava deitado na cama a ouvir musica e a ler jornais desportivos ( era o meu passatempo) quando de repente batem á porta: “ Medina, queres ir jogar futebol de salão para o Pico da Pedra”, eu respondi-lhe, “ Não posso, porque tenho jogo amanha contra o Praiense e acabei de vir do treino e estou a descansar”, mas tanto me chatearam que fui, mas numa condição que, não ponha os pés dentro do campo!

Fomos para o campo de cimento do Pico da Pedra, freguesia pertencente ao conselho da Ribeira Grande, e como tinha dito, fiquei de fora a ver o espectáculo. Mas como o bicho estava a mexer comigo e após algumas insistências dos meus amigos, la entrei em cena, nunca pensando que alguém podia estar a ver e mais tarde criar-me um problema bicudo para resolver. Verdade seja dita, não joguei muito, mas o tempo que fiz acabou por ter resultados negativos para mim.

Domingo, dia do jogo, levantei-me cedo, tomei o pequeno almoço, e por volta das 10 horas, fui para o restaurante habitual, para almoçarmos todos juntos. Depois, demos uma volta e fomos para a sede para a palestra ( Eram muito cumpridas e por vezes apetecia dormir lol ). Após o discurso do nosso mister, partimos para o Estádio de São Miguel, para nos preparar. Equipamos, fizemos o nosso aquecimento e entramos em campo, para o jogo.

Recordo-me que estava a ser um jogo muito difícil, muito táctico, com muitas marcações o que dificultava imenso o jogo atacante. Eu não estava a ter muito espaço e os cruzamentos não estavam a ser com muita qualidade. Chegamos ao intervalo empatados 0-0. Após um pouco de descanso, retemperamos as forças com um chá de limão ( também havia café puro) e ouvimos as recomendações necessárias para o resto da partida.

No recomeço a nossa supremacia sobre o adversário, foi mais acentuada. O jogo nesta fase começou a ficar mais aberto, e num contra-ataque rápido, a bola foi metida à minha frente e numa corrida rápida de 20 metros, disparei um pertado à entrada da área e a bola entrou no canto inferior direito, um belo golo! Foi a explosão no estádio. O pior estava para vir!

Comecei a ter cambras anormais e pouco a pouco tinha que sair do campo para ser tratado. O nosso massagista Carlos Barbos, dizia para mim: “ Medina, o que se passa, o que fizeste ontem….”, a resposta era sempre a mesma, que não tinha feito nada! Tentava dar um sprint e não conseguia, as pessoas mais ligadas ao clube estavam muito admiradas, porque, como era muito forte fisicamente, era muito estranho.

Acabado o jogo e depois de ganharmos com um golo meu, tudo foi esquecido e saímos do estádio para a nossas vidas!

Na semana seguinte, tudo estava a correr ás mil maravilhas, quando no sábado, andava eu a passear antes do treino com o meu colega Barbosa, guarda redes e do continente, quando aparece no outro lado do passeio o Mister Casaca, que diante de muita gente e muito zangado, ate fiquei envergonho! Disse-me assim: “ Onde foste no sábado passado antes do jogo com o Praiense, estas lixado comigo, vou te f…………todo e vou-te mandar embora, anda imediatamente à sede para rescindires o contrato”. Fogo, olho para o Barbosa ele olha para mim e disse-me: “ O que se passou…Tem calma que tudo vai-se resolver e vamos lá, falar com o velho”.

O ambiente estava muito quente, ele não parava de berrar lol, dizia que não contava mais comigo, o Barbosa e o Pessanha ( capitão) estavam a tentar acalma-lo mas não estava fácil, mas depois de muitos pedidos as coisas normalizaram e eu fui penalizado com uma multa ( corte no ordenado).

Como o nosso massagista, para alem de trabalhar para o clube, fazia tratamentos para as pessoas na sede, alguém do Pico da Pedra, que tinha passado pelo campo e que tinha ido ao jogo, na conversa, disse que eu tinha estado a jogar futebol salão lol. Claro que ele deduziu logo que o meu problema anormal era derivado do cansaço acumulado e jogar num piso muito duro. Ele disse-me: “ Medina, desculpa, tinha que dizer ao Casaca, senão ia ser muito pior”.

As coisas depois normalizaram e eu fiz uma época muito boa e nunca mais tive a tolice de ir jogar antes de um jogo.



Medina

quarta-feira, novembro 24, 2010

Mário Batista, candidato único ás eleiçoes do C.D.Santa Clara.




«Não iremos hipotecar a vertente financeira pela ambição desportiva»



Mário Batista, candidato único às eleições de sexta-feira, fala do passado, do presente e do futuro da nossa instituição. Aposta passa por manter o rigor nas contas e tentar a subida à Liga Zon Sagres sem criar desequilíbrios nas finanças.



Sendo conhecidas as dificuldades financeiras com que se debate o Santa Clara, poderá a política de contenção de custos comprometer o desejo de subida à Liga Zon Sagres?

Não necessariamente! Já tive oportunidade de afirmar que a subida é um sonho mas não é uma obsessão. Temos de ser realistas porque o serviço da dívida obriga-nos a ser rigorosos na satisfação dos compromissos financeiros assumidos com os nossos parceiros. A vertente desportiva é importante mas face ao actual contexto é preciso saber criar um grupo de trabalho competitivo sem comprometer o equilíbrio financeiro. Um passo importante a dar é ganhar definitivamente o estatuto de grande da Liga Orangina e dispor de um plantel capaz de discutir os lugares cimeiros do campeonato. Mas em momento algum iremos hipotecar o clube pela ambição desportiva.



Coloca a hipótese da equipa ser reforçada na reabertura do mercado de transferências, em Janeiro próximo?

Esse é um assunto que está fora de questão. Por vontade própria não procederemos a qualquer ajuste porque mantemos a confiança nos que cá estão. Se entrar alguém primeiro terá que sair alguém e nessa situação só em possíveis negócios que sejam rentáveis para o clube.



Neste momento, quantos sócios tem o Santa Clara e que medidas serão tomadas para reforçar o número de associados?

O Santa Clara tem cerca de 1200 sócios, a grande maioria deles pagantes. Seria importante aumentar esse número mas compreendemos que com as dificuldades financeiras actuais não será uma tarefa fácil. A seu tempo iremos divulgar as nossas ideias até porque estamos cientes de que mais sócios pode significar um maior apoio à equipa nos jogos. No entanto, convém realçar que não basta termos mais adeptos no estádio. É preciso que o recinto também seja dotado de melhores condições para os sócios e simpatizantes sintam um elevado grau de conforto quando ali se deslocam e a verdade é que as condições actuais não são as mais acolhedoras. O estádio já deveria estar dotado de outras valências que permitissem às famílias passar uma tarde de domingo diferente.



Essa será uma batalha a longo prazo pois o Governo Regional dos Açores é o gestor do espaço e dos quatro milhões de euros previstos para obras somente 50 mil euros estão contemplados no plano para 2011…

Compreendo a decisão do Governo que vem ao encontro da crise financeira que nos assola. A remodelação do estádio não é, neste momento, uma obra prioritária.



Olhando um pouco para o passado, que diferenças encontra entre o Santa Clara de 2006 e o de 2008 e o que preconiza de 2010 em diante?

Quando a Direcção eleita em Novembro de 2006 tomou posse encontramos um plantel extenso, oneroso e incapaz de discutir as posições cimeiras do campeonato. Fizemos os ajustes necessários e em 2008, com a entrada do treinador Vítor Pereira, deu-se a grande reestruturação. Na altura fomos criticados pelas apostas feitas mas os resultados estão à vista. Foi o ponto de viragem pois com menos custos passamos a obter melhores resultados e no presente e no futuro é uma estratégia para manter. Nestas últimas três épocas vimos apresentando equipas competitivas sem colocar em risco o equilíbrio financeiro.



A subida à Liga Zon Sagres resolveria parte significativa do passivo do clube?

O passivo está nos 7,8 milhões de euros e 5,9 milhões de euros são dívidas bancárias. A subida permitia quadruplicar as receitas, o mesmo é dizer que nos permitiria encurtar de oito para quatro anos a amortização do passivo.

segunda-feira, novembro 22, 2010

Infantis B do Santa Clara, goleiam o Santiago.





A formação de António Medeiros bateu a equipa de Água de Pau por sete bolas a zero. O resultado poderia ter sido mais dilatado se a ansiedade não tivesse atrapalhado na primeira parte.



Não fosse o mau início de jogo e a história da partida entre os infantis B do Santa Clara e o Santiago seria a história dos golos. A contar para a terceira jornada do campeonato de São Miguel, o jogo disputado no estádio Jácome Correia confirmou a superioridade encarnada.

Depois da vitória sobre o União Micaelense, o Santa Clara aparecia extremamente motivado, tendo uma excelente oportunidade para acrescentar mais três pontos ao seu pecúlio. Os primeiros minutos, todavia, e apesar de confirmarem a maior valia do nosso conjunto, não foram bem jogados, com os jogadores a complicarem aquilo que era fácil.

Com o golo a tardar em surgir, a ansiedade começou a tomar conta dos atletas, factor determinante para que as decisões tomadas não fossem as mais acertadas. No entanto, e de tanto tentar, o Santa Clara acabou por chegar ao golo, algo que se assumiria como um libertar da pressão. A partir daí, o melhor futebol encarnado e a superior técnica dos nossos atletas foi mais do que evidente. Ao intervalo, o 2-0 era lisonjeiro para o Santiago.

No segundo tempo, o domínio exercido intensificou-se, com os golos a surgirem naturalmente. No final, o 7-0 traduziu a nossa superioridade, sendo que muitos outros golos ficaram por marcar.

Os nossos tentos foram apontados por Manuel Travassos, Miguel Machado (2), Alexandre Miguel (2), João Medina e Francisco Lucas.

No estádio Jácome Correia, em Ponta Delgada, o Santa Clara alinhou com: Nuno Silva; Rafael Abranches, João Medina, Rodrigo Correia, Francisco Lucas, Miguel Machado e Bruno Martins. Jogaram ainda: Manuel Travassos, Alexandre Miguel, João Martins e Diogo.

Treinador: António Medeiros.

Mário Batista, o futuro presidente do Santa Clara.


O economista Mário Batista, de 54 anos de idade, é um nome incontornável na vida do Santa Clara, que encabeça a única lista concorrente à eleição da próxima sexta-feira para os novos corpos sociais do CDSC.


Nasceu e cresceu para o desporto na freguesia do clube do seu coração, foi jogador de futebol, de hóquei e de basquetebol, bem como dirigente e treinador do clube. Em 2006, passa para os gabinetes, desempenhando as funções de Presidente Adjunto, a quem foi entregue o pelouro da reestruturação e gestão do futebol profissional do Santa Clara, quase a tempo inteiro.

Batista, tem uma brilhante folha de serviços prestados à colectividade da cidade de Ponta Delgada e continua com uma fé inabalável de levar o clube a bom porto.

Rodeado de uma equipa de personalidades que dispensam qualquer apresentação, na defesa do lema: “Continuar no bom caminho”, Mário Batista apesar da conjuntura desfavorável que actualmente se vive, mas com coragem e determinação, que lhe é peculiar, pode já no próximo fim-de-semana sentar-se na cadeira magna dos encarnados de Ponta Delgada.



Desde quando e que funções tem desempenhado no Santa Clara?

Nasci em Santa Clara e desde criança que me identifico com o CDSC. Joguei futebol no CDSC desde os juniores, com uma passagem no escalão sénior, cujo técnico era o mister Henrique Ben David. Fui também, e durante muitos anos, atleta nas modalidades de hóquei em patins e basquetebol, onde fui dirigente e treinador.

Mais recentemente, em 6 de Novembro de 2006, incluído numa equipa que se propunha reorganizar e sanear financeiramente o CDSC, passei a integrar a Direcção do CDSC. Desde a época 2008/09, como Presidente adjunto a quem foi entregue o pelouro do futebol, e assumindo o difícil desafio de reestruturar o futebol profissional do CDSC, a gestão do futebol do Santa Clara tem ocupado quase por inteiro as minhas funções de dirigente.



O que o leva a assumir esta candidatura?

Basicamente o respeito pelo trabalho até aqui desempenhado e desenvolvido por um grupo de pessoas que de forma altruísta têm retirado muito do seu tempo e algum do seu dinheiro para conseguir “o milagre” que se tem operado nos últimos anos, e também, a consciência que só “Continuando no bom caminho” o CDSC sai da difícil situação em que ainda se encontra, embora, felizmente, já se vislumbre a luz ao fundo do túnel.



Não havendo qualquer obstáculo à sua candidatura e sendo eleito presidente do CDSC, há alguma medida prioritária a tomar logo após tomar posse?

Vamos dividir esta questão em duas. O aparecimento de outra lista não é de forma nenhuma um obstáculo. Seria até desejável, sobretudo tendo em conta a enorme onda de apoio que a minha candidatura recolheu, nomeadamente junto de um alargado número de sócios que são referências para o CDSC. Aliás estou convencido que foi este apoio, e não outras razões que à laia de desculpa foram referidas (noutras circunstâncias bem mais graves, nunca foram preocupações com “o equilíbrio vigente no clube” aquilo que impediu apresentar listas), foi este alargado apoio e não outras razões, estou convencido, tal como dizia, o que está na origem de só haver uma lista. Não vale a pena ignorar que o conjunto de responsabilidades existentes, tal como as difíceis condições da conjuntura actual, devem ter também contribuído para tal.

Quanto ao pós tomada de posse, a grande prioridade continua a ser o saneamento das contas do clube, e contribuindo para tal, manter e reforçar uma gestão competente e cientificamente sustentada do futebol profissional do Santa Clara, que é como facilmente se depreende o “core business” do clube.

Resumindo: a prioridade é “Continuar no bom caminho”.



Que objectivos tens para o Santa Clara em termos desportivos e não só?

O Modelo desportivo que defendemos contempla quatro segmentos.

1 - Alta Competição: Modalidades profissionais, com uma estrutura financeira autónoma (SAD), capazes de alavancar o seu desenvolvimento a partir de uma aposta estruturada na formação, e com capacidade para angariação de recursos financeiros, quer ao nível do merchandising, quer a nível de parcerias, atraindo e fidelizando adeptos.

2 – Desporto Amador: Modalidades com grande potencial de desenvolvimento, enraizadas na cultura açoriana e na do clube, de preferência inseridas no currículo escolar obrigatório, e dinamizadas pela espectacularidade, beleza, capacidade para atrair públicos, e desempenhando um papel decisivo na função social do Santa Clara.

3 – Clube Ecléctico: Espaço natural para um Santa Clara no qual milhares de sócios e adeptos se referenciam. Neste âmbito, grupos de sócios podem associar-se em torno da mesma modalidade, desenvolvendo e promovendo a sua prática dentro do clube. Este segmento não tem qualquer tipo de limites estabelecidos, devendo estas modalidades ser completamente autónomas do ponto de vista organizativo e financeiro, com regras claras em relação à utilização da marca, devendo ser disponibilizado pelo Santa Clara o necessário apoio logístico.

4 – Gerar e Potenciar Receitas: Actividades de desenvolvimento desportivo, ligadas a conceitos de Bem-Estar, Saúde Física e de Lazer, com uma vertente social acentuada e integrada, tanto do ponto de vista da família, como da diversificação etária (dos 8 aos 80 anos), e ainda na atracção do público feminino.

Todavia, o modelo desportivo deve estar suportado por diferentes formas de estruturas organizativas, com os diversos segmentos sujeitos a uma gestão integrada de forma a garantir a optimização dos recursos disponíveis e uma correcta utilização da marca Santa Clara.

A estrutura a adoptar para o modelo de financiamento das modalidades assentará fundamentalmente na definição e identificação de perfis de público dentro da respectiva esfera de actuação, em relação aos quais é possível negociar contratos de patrocínio ou parcerias estratégicas que se dirijam a segmentos específicos e que cruzem todas as modalidades desportivas.



Tendo em conta que os clubes não atravessam o melhor momento das suas vidas, devido a vários factores, não temes que o pior está para vir e que pode prejudicar os teus projectos para o clube?

As eventualidades conjunturais, tal como todas aquelas que não controlamos, são sempre um risco. Estou absolutamente consciente disso. Mas sem falsas modéstias sou uma pessoa determinada e de coragem. Além do mais, acredito no projecto “Santa Clara”. Por outro lado, o lastro conseguido nos últimos dois anos, assim como a consolidada recuperação económica encetada, têm sido um precioso auxilio para atravessar esta difícil conjuntura. Sinceramente, não sei como seria se há três anos as dificuldades conjunturais fossem as que se vivem actualmente.



Quais são os candidatos a presidentes dos outros órgãos sociais?

A ideia foi seguir o velho lema do futebol: “em equipa que ganha não se mexe”. Claro que houve a preocupação de integrar algum “sangue novo”, até porque há que preparar o Santa Clara para o futuro e isso passa por uma mudança geracional que temos de estimular e habilitar.

Respondendo directamente à pergunta há que dizer que me honra a companhia dos Drs. Costa Martins e Manuel Branco como presidentes das Assembleia Geral e do Conselho Fiscal, respectivamente, bem como as competentes equipas desses órgãos.



No futebol, o clube vai continuar apostar na formação, com a mira apontada para a equipa de futebol sénior?

O desenvolvimento sustentado de uma actividade de longo prazo não ficaria completo sem uma aposta clara e estratégica na formação, devidamente integrada com os objectivos desportivos das equipas profissionais, permitindo funcionar como uma incubadora de jovens jogadores que podem integrar a equipa principal, com todos os benefícios financeiros que tal aposta representa.

Assim, continua ser prioritário desenvolver no futebol de formação do Santa Clara a capacidade, a organização, o modelo de competência técnica e a “obrigatoriedade” estrutural de fornecer à equipa sénior, numa base regular e sem quebras, jovens jogadores de elevado potencial formados no Clube.

Mais uma vez fugimos à retórica fácil de campanhas eleitorais, para falar claro aos Santaclarenses – reconhecemos que as camadas de futebol jovem do Santa Clara não têm sido, nos últimos anos, o viveiro de talentos que desejávamos.

Mas temos também de compreender que não existiam as condições favoráveis para o seu êxito; a equipa profissional não era estável, o que dificultava a integração de jogadores das camadas mais jovens, e o Clube não dispunha de infra-estruturas fundamentais para a correcta implementação da política de formação preconizada pela actual equipa técnica.

Com a parceria com o Santo António a funcionar, poderemos todos exigir mais e melhor no desenvolvimento da nossa modalidade rainha – já no decorrer da época 2011/2012.



Acredita que algum dia a equipa sénior poderá ser largamente constituída, por jogadores micaelenses/açorianos?

No curto prazo diria que este objectivo é de todo impossível. Agora se trabalharmos com a qualidade e competência exigidas, aliado a uma competição de nível superior, seguramente que a longo prazo teremos jogadores da região a evoluir no escalão sénior.



O não ter um Complexo Desportivo próprio, não achas que é extremamente penalizante para o Santa Clara?

Claro que é. Tal como seria mais fácil completar as instalações desportivas que já possuímos do que criar outras de raiz. Mas este é outro designo a ter em conta, e estou convencido que será atingido ainda antes do anterior. Até porque deste depende o que tratamos anteriormente.

Em síntese, diria que sem dúvida que o facto de não possuirmos uma estrutura própria cria-nos diversos problemas de ordem logística e financeira, bem como desportivamente.



É prioritário para a tua direcção se for eleita, levar o clube à Primeira Liga?

De modo algum, o Santa Clara, sobrevivente de uma crise – económica, financeira e de valores – sem par, tem vindo a recuperar com passos seguros o seu nome e o seu estatuto na sociedade açoriana. Para continuar esta recuperação é essencial o máximo rigor no cumprimento das suas obrigações para com todas as instituições com quem o Santa Clara se relaciona. É esta é a nossa prioridade.

No entanto, não pudemos perder ambição desportiva e naturalmente de que levar a equipa ao mais alto patamar do futebol profissional será sempre um objectivo, até porque o lugar do Santa Clara é na primeira liga. A questão é que este objectivo não deve, nem pode, ser conseguido a qualquer custo.



Outros assuntos que queira abordar, as nossas páginas estão à sua disposição.

Aproveito a ocasião para reforçar que a “credibilização do Clube e a solução dos litígios pendentes tem sido essencial para assegurar o apoio do sistema financeiro.

Os contratos assinados com as instituições financeiras para a reestruturação do serviço da divida obrigaram o clube, responsavelmente dirigido, a refrear ímpetos desportivamente mais fáceis apresentar e a focar toda a sua atenção no cumprimento das obrigações a que se vincularam.

No Santa Clara acabou o tempo da demagogia fácil e da irresponsabilidade. Sem promessas vãs, sem espectáculos mediáticos, garantimos aos Santaclarenses um projecto sério, credível, reconhecido pela banca e pelos investidores.

A credibilidade do Santa Clara evidencia-se hoje também nas parcerias realizadas, onde se podem apresentar como parceiros estratégicos instituições e marcas como: a DRT, Açoriana Seguros, Orangina Portugal, BetClic e a Lacatoni.

Muita coisa já foi feita, mas para o futuro muito mais se fará pois temos em perspectiva parcerias regionais, nacionais e internacionais como nenhum outro clube nos Açores jamais terá. Vamos trabalhar e consolidar estas parcerias, desenvolvendo a marca, os produtos e os clientes Santa Clara.

Autor: João Patrício

fonte/correiodosaçores

segunda-feira, novembro 15, 2010

Clube Desportivo Santa Clara / Infantis B.

Exibição de gala na segunda parte permitiu virar resultado. Ao intervalo, o Santa Clara perdia por 2-0 mas depois do descanso apareceu um fantástico Manuel Travassos!




A segunda jornada do campeonato de São Miguel de infantis trouxe emoções fortes para a equipa B do Santa Clara. No sempre muito aguardado embate com o União Micaelense A, os jovens encarnados acabaram por deixar a sua marca ao efectuarem uma segunda parte notável. Marcado para as 09.30 horas de sábado, o jogo prometia, embora estivéssemos perante um adversário cujos atletas são de última época, neste escalão.

Talvez por isso, factor ao qual se junta a hora do jogo, o Santa Clara entrou com algum receio na partida, apresentando claras dificuldades em pegar no jogo. O União entrou melhor, enquanto os encarnados procuravam sacudir a pressão, tentando soluções para contrariar as rápidas transições do opositor.

Fruto do domínio, a equipa da casa chegou ao golo numa jogada em que foi claro o menor acerto do nosso colectivo. Nervosos pelo tento sofrido, os nossos jogadores continuaram a acumular erros, acabando por sofrer o segundo golo. Ao intervalo, o marcador espelhava o adormecimento do Santa Clara ao longo dos primeiros 30 minutos.

No balneário, jogadores e equipa técnica dissecaram o que estava menos bem, procurando António Medeiros apelar à confiança dos atletas. Respeito não é medo, foi uma das frases ouvidas.

Regressados ao campo, os jogadores encarnados mostraram então todos os seus atributos. Jogando como equipa, com os sectores bem colocados e mais juntos, o Santa Clara pegou no jogo e encostou o adversário às cordas. Sentia-se que o desafio podia virar, a motivação já estava então expressa no rosto dos jogadores. Como corolário do bom futebol praticado, os encarnados chegaram ao golo e deram então início a uma autêntica “remontada” à espanhola.

Endiabrado, e bem ajudado pelos colegas, Manuel Travassos continuava a fazer funcionar o marcador que, no final, marcava quatro a dois a favor do Santa Clara. Excelente a reacção da segunda parte, período em que o melhor Santa Clara apareceu em campo.

No estádio Jácome Correia, o Santa Clara alinhou com: Luís Almeida; Alexandre Miguel, João Medina, Bruno Martins, Miguel Correia, Miguel Machado e Manuel Travassos. Jogaram ainda: Rafael Abranches e Rodrigo Correia.

Treinador: António Medeiros.

NOTA: Vou passar a publicar as cronicas da equipa B, Infantil do Clube Desportivo Santa Clara, porque o João Medina é meu filho!!!!

O (mau) estado do nosso futebol para miúdos

O futebol é o desporto com mais praticantes nos Açores. Em todas as ilhas, aos fins-de-semana, têm lugar dezenas e dezenas de jogos em todos os escalões. Normalmente, as partidas da formação não são alvo de qualquer cobertura jornalística, limitando-se alguns jornais a fazer referências aos resultados, em pequenas caixas noticiosas, em páginas de segunda linha.

Provavelmente, será aí que está um dos grandes problemas. Se a informação não chega à opinião pública, difícil é fazer qualquer avaliação sobre o estado de coisas, sobre as autênticas barbaridades a que se assiste em alguns campos e aos erros de "casting" da programação competitiva, nomeadamente em S. Miguel.

Em termos de calendarização, e a título de exemplo, refira-se a situação ocorrida no passado fim-de-semana, em que os Iniciados e os Juvenis foram "obrigados" a jogar por duas vezes, com menos de 48 de horas de intervalo entre as duas partidas, quando a lei desportiva obriga a um interregno de, pelo menos, 72 horas. A Associação de Futebol de Ponta Delgada agendou um fim-de-semana com pesada carga para aqueles dois escalões. Perante isso, é difícil falar em qualidade.

Todavia, esta é só uma ponta de um icebergue muito complicado quando se fala em futebol de formação na maior ilha açoriana. Todos os sábados, e por vezes a meio da semana, assistem-se a episódios deveras elucidativos do mau estado em que se encontra esta área.

Dirigentes mal formados, treinadores que promovem más práticas e condutas, agressões, balneários destruídos, pequenas vinganças pessoais contra algumas pessoas e clubes, enfim um rol difícil de imaginar por quem está de fora deste fenómeno.

Quem o acompanha sabe. Há quem, contudo, se prefira calar. Por conveniência, ou por falta de um espaço apropriado para fazer ouvir a sua voz, ou escrever o que lhe vai na alma.

Comecemos por algo pequeno, mas que acaba por ser uma situação gravosa quando se tem por missão treinar crianças ou jovens. Falo do tabaco. Não percebo como se permite que treinadores e dirigentes fumem num banco de suplentes, principalmente quando se sabe que, por exemplo, nos escalões profissionais tal atitude é proibida, sendo merecedora de significativas sanções. No entanto, nos escalões de formação, esta prática é permitida e acontece vezes a fio nos nossos campos.

Depois, deve denunciar-se os actos violentos que acontecem em determinados jogos e que, certamente, não merecem a devida sanção pelos responsáveis dos clubes a que os atletas pertencem.

Ainda no passado dia 30 de Outubro, um dos balneários do campo das Figueiras, em Santo António, ficou literalmente destruído, depois de atletas e mais sabe-se lá quem terem partido portas, entre muitas outras coisas, após determinada equipa ter perdido um jogo de forma que não merece contestação. Ao que sei, o clube lesado já fez queixa à Associação de Futebol de Ponta Delgada, até porque houve jogadores que foram agredidos. Restará saber se o organismo agirá em conformidade com os actos praticados.

Sobre as pequenas vinganças, a que acima me refiro, não irei referir nomes, nem jogos, nem os clubes que nelas estiveram envolvidos. Não o faço porque considero que tal revelação só iria prejudicar ainda mais os que foram lesados.

Agora que existem, lá isso existem. Salta à vista quando alguém não gosta do clube A, B, ou C, ou de um determinado dirigente ou treinador. No sábado passado (30 de Outubro), consegui assistir a casos em que isso foi por demais evidente.

O pior é que ao prejudicar quem menos se gosta está-se a prestar um mau serviço ao futebol, principalmente quando falamos em jogos de escalões compostos por miúdos que têm entre oito e 12 anos (Benjamins e Infantis). As crianças não compreendem o que se está a passar, ficam revoltadas, choram perante a sua impotência e acabam por deixar de sentir entusiasmo pelo jogo. Os "cozinhados" são algo que não conseguem aceitar, mesmo que não percebam que estes "arranjinhos" têm um objectivo declarado de prejudicar alguém ou alguma instituição. É este o estado de coisas a que se assiste por cá.

Enfim, o melhor talvez seja assobiar para o ar, respirar fundo e prosseguir. É que, como se diz, as "pessoas passam, mas as instituições e de quem delas gosta ficam".





5 de Novembro de 2010

Pedro Botelho
Jornalista

sexta-feira, novembro 12, 2010

Historias da minha vida……………


Numa das muitas viagens que fazíamos ao continente para jogar, geralmente saímos na sexta feira à noite, aconteceu um episódio engraçado. Nos domingos dos jogos, a malta acordava cedo, hora era estipulada pelo “ Mister” e ninguém podia falhar, senão havia confusão. Depois de tomarmos banho ( alguns treinadores não gostavam) íamos tomar o pequeno almoço e depois deslocavamos para a sala de convivo, conversar ou ler os jornais desportivos. O almoço era sempre as 10 e 30 ou 11 horas, dependendo da zona onde íamos jogar e era feito no celebre Centro de Estagio da Cruz Quebrada. Naquele dia estavam na sala três equipas de futebol, Santa Clara, Olivais Moscavide e outra que não me recordo.

Os almoços antes dos jogos eram muito fraquinhos, canja de galinha ( feita com massa) e um bife grelhado( tinha nervos que ate doía a comer) e uma peça de fruta. Muita malta ficava com fome e até inclusive comiasse a canja com pão lol, outros levavam mais fruta e uns papo secos para se fazer umas  sandes para depois do jogo; eu era um caso destes. Acontece, que alguns estavam abusar bastante e de repente o nosso treinador Fernando Casaca, levantou-se da mesa e diante daquela gente toda, disse: “ Medina do c………não jogas nada, mas para comeres és o maior”, imaginem como fiquei; nem tinha começado a comer, mas para dar em alguém fui eu a personagem escolhida. Fiquei lixado e até respondi-lhe que, o que estava a mais era para levar comigo para o depois, mas ele não queria entender nada e não parava de me enxovalhar diante dos outros. Enchi-me de orgulho e  disse para mim: "Não vou comer nada que se lixe", Neste dia nem  levei nada para lanchar depois do jogo. Que fome passei  e ainda por cima ia fazer um esforço enorme.

Fomos neste domingo jogar com o Sintrense, fizemos um jogo espectacular e modéstia aparte fiz um jogo fabuloso. Acabado o jogo e depois de “ rapar fome”, fomos para o balneário tomar o nosso banho para irmos embora. Estava eu debaixo do duche, quando chega o Mister Fernando Casaca e o nosso dirigente e ele saísse com esta: “ Oh Medina que grande jogo fizes-te, para a próxima não comes e deu-me umas palmadas nas costas “, olhei para ele e comecei-me a rir, mas acreditem que me apeteceu manda-lo para o c…………………lol, mas por respeito fiquei calado. Lá sai eu cheio de moral mas com uma fome tramada

Medina

terça-feira, novembro 02, 2010

Jantar com a direcção do C.F."OS Belenenses", em Ponta Delgada.

Na vinda da equipa de futebol do C.F."Os Belenenses"  a São Miguel, no dia 31/10/2010, para jogar com C.D.Santa Clara e aproveitando a presença do presidente João Almeida e do vice Francisco Martins, alguns sócios e simpatizantes, juntaram-se num jantar no Hotel Vila Nova. Foi uma noite memorável, para alem do bom repasto e do convívio, ficamos a saber dos projectos em andamento, do momento actual e as formas a utilizar para colocar o clube nos lugares cimeiros do futebol Português. Quero salientar, o empano e a forma convicta que o nosso presidente tem em  relação ao nosso futuro.

Medina