sexta-feira, outubro 19, 2012

Clubes recebem verbas para treinadores: Carlos Dantas o mais bem pago.


O treinador da equipa de hóquei em patins do Candelária é, de entre os técnicos que vão ser subsidiados pela Direcção Regional do Desporto (DRD), o mais bem pago.


Carlos Dantas tem previsto receber no período de duração do contrato 48.488 euros, sendo o Candelária, que milita na I divisão, subsidiado em 18.250 euros, valor máximo que a DRD entrega aos clubes nesta temporada.

O antigo seleccionador nacional de hóquei em patins foi o único treinador que viu o seu salário aumentado. Na época passada recebeu 45.789.84 euros.

A DRD tinha nos 21.250 euros o tecto máximo de apoio aos clubes na época anterior, baixando em 3 mil euros devido aos cortes no orçamento para todas as secretarias regionais.

O segundo treinador mais bem pago, com metade do vencimento auferido por Carlos Dantas, é o do Clube Naval da Horta. Serão 24 mil euros para o técnico, com a DRD a suportar 18.250 euros.

O terceiro treinador com melhor salário é Filipe Duque. O responsável da equipa de andebol do Sporting da Horta tem previsto receber 22.800 euros. O clube faialense também recebe 18.250 euros. Na época passada, Filipe Duque tinha um vencimento/época de 24 mil euros.

No “ranking” do apoio aos técnicos que possuem cédula, qualificação e que estão a tempo inteiro nas equipas, surgem os treinadores de futsal e de futebol do Operário.

Ricardo Canavarro, da equipa de futsal, tem um contrato com duração não inferior a 10 meses estipulado em 22 mil euros. O mesmo valor é apontado a Francisco Agatão. O técnico da equipa de futebol de onze viu o seu vencimento sofrer 13 mil euros de redução em relação à temporada de 2011/12. O Operário irá receber 18.250 euros por cada um.

Paulo Barreto, do Ribeirense do Pico, tem o contrato com 20.277.80 euros. Baixou 3.334.60. Para o clube bi-campeão nacional de voleibol feminino vai 18.250 euros.

Ainda na casa do 20 mil euros (20.100), está Carlos Luz, treinador do Judo Clube de S. Jorge. O valor destinado ao clube é de 18.090 euros.

CARLOS SILVEIRA O MAIS BAIXO

As equipas de ténis de mesa destinam aos seus técnicos verbas que variam entre os 15 mil e 600 euros (Casa do Povo da Madalena, que terá 13.950 para a época na I divisão feminina) e os 18 mil euros. Esta verba está destinada para os treinadores das equipas masculina e feminina de “Os Toledos”, ambas militantes na I divisão. 13.950 euros é quanto o clube da vila da Madalena receberá por cada técnico.

Em relação ao Desportivo do Juncal, o treinador da equipa feminina tem um contrato com um custo previsto de 18.403 euros (13.950 para o clube) e Francisco Santos, da equipa masculina, tem previsto receber 15.400 euros (13.860 euros).

Para encerrar o lote de 12 equipas, máximo previsto na portaria que determina estes apoios para treinadores qualificados, encontra-se Carlos Silveira, do Clube K. O custo é de 9.750 euros (8.775 euros para o clube). No entanto, é bem possível que receba do clube uma outra verba porque tem na equipa de voleibol a dupla função de treinador e de jogador.

O Santa Clara não é apoiado, por tratar-se de um Sociedade Anónima Desportiva (SAD).

Há clubes que os seus treinadores têm outra actividade profissional ou os clubes que representam não possuem os requisitos exigidos por lei.

Para que conste, os treinadores do Madalena e do Angrense, receberam, na época passada, 24 e 23.800 euros, respectivamente.

TODOS OS ESCALÕES DE FORMAÇÃO



Para acederem a estes apoios, os clubes candidatos apresentaram na época anterior equipas ou grupos de trabalho em todos os escalões de formação, de infantis a juniores, da mesma modalidade e sexo e com contrato programa assinado.

A nível individual, os clubes têm de possuir pelo menos 40 atletas federados.

Os contratos têm um ano de validade e de um treinador por modalidade e sexo, num total de máximo de 12 equipas.

A DRD apoia até 90% do valor do contrato, até ao montante de 18.250 euros para os desportos colectivos e de 13.950 euros para os individuais.

Além destas condições, as equipas terão de estar inseridas em campeonatos nacionais de nível competitivo superior ou em competições internacionais. A nível individual, os atletas são portadores do estatuto nacional de alto rendimento.

Outra obrigatoriedade dos clubes, é a de apresentarem um relatório da actividade desenvolvida até 10 dias após 31 de Julho de 2013, acompanhado de cópia dos documentos comprovativos das remunerações pagas/recibos com validade fiscal; com indicação dos abonos e dos descontos ou apresentação perante a Segurança Social até 20.277.78 euros do vencimento de cada treinador.


P.S. Na formação de atletas os clubes desportivos recebem uma verba para pagamento aos técnicos credenciados, dependendo do seu grau, esse valor é diferenciado. Acontece que, muitas vezes, esse valor não é entregue a esses mesmos técnicos, porque, por uma razão ou outra, é gasto em outras coisas... ficando essas pessoas penalizadas por isso mesmo.


Para acabar com essa " vergonha" essas verbas deveriam ser canalizadas para esses técnicos ou então no caso de não serem pagas o clube deveria devolver à DRD ou então ser penalizado na época seguinte.

Mas "o baile continua" e ninguêm mexe uma palha para mudar esta situação, umas vezes por medo, outras vezes porque são ameaçadas.

Clubes que recebem avultadas verbas publicas deveriam ser obrigados, por lei, a ressarcir os seus técnicos de formação.

 Os compromissos são para cumprir. 

Medina






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