Desacordo de verbas quanto ao valor a atribuir ao subsídio de alimentação força nova jornada sem árbitros. Neste fim-de-semana, com o arranque das provas de infantis e benjamins, são mais de trinta os jogos sem apito oficial.
Não há árbitros para mais um fim-de-semana de futebol na ilha de São Miguel. As partidas da terceira jornada da Taça de Honra, em seniores, da terceira jornada da primeira fase do campeonato de São Miguel em juniores, juvenis e iniciados, bem como da ronda inaugural da Taça Pauleta (infantis) e Taça Henrique Ben-David (benjamins) terão de ser dirigidos por árbitros ad-hoc.
Tudo porque permanece o braço-de-ferro entre a Direcção da Associação de Futebol de Ponta Delgada e os árbitros filiados no Conselho de Arbitragem devido ao desacordo de verbas no que diz respeito ao valor a atribuir ao subsídio de alimentação.
Até há transacta, os árbitros recebiam doze euros por cada dois jogos realizados, montante que a Associação quer baixar devido à redução de cerca de trinta por cento sofrida nos apoios que recebe do Governo. A intenção de fazer reflectir esta diminuição no subsídio de alimentação dos árbitros não colheu qualquer simpatia.
Se na primeira semana a forma de luta encontrada foi o recurso à greve, na segunda as equipas de arbitragem disponibilizaram-se para realizar um jogo ao sábado e outro ao domingo, antes das 19.00 horas. Uma proposta que a Associação de Futebol de Ponta Delgada recusou.
Durante a terceira semana de negociações houve uma aproximação mas ainda não há acordo. A Direcção, presidida por Auditon Moniz, propôs pagar seis euros por cada três jogos mas os árbitros querem oito euros de subsídio por cada dois encontros dirigidos. Sem acordo voltou a não haver nomeações porque a Associação de Futebol de Ponta Delgada entende que nomear um trio para um jogo por dia acarreta maiores prejuízos.
A caminho de um mês de posições extremadas, na próxima segunda-feira voltará a haver reunião com os clubes no sentido de encontrar uma solução definitiva para um caso que tem marcado o arranque da temporada 2011/12 no que às provas de âmbito local diz respeito.
P.S. Julgo, que está na altura de as pessoas entenderem-se para não prejudicarem mais o futebol. Se a razão está num lado ou noutro, para mim é secundário. O mais importante é dar credibilidade e seriedade ao futebol Micaelense.
Medina
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