sexta-feira, maio 27, 2011

Taça Região Autónoma dos Açores: 



Marítimo da Graciosa - CD São Roque e Marítimo Velense - Fayal Sport apurados para as meias-finais

Competição junta equipas de seis ilhas do arquipélago. Fayal Sport, isento na primeira eliminatória, tem presença garantida nas meias-finais.

A Taça Região Autónoma dos Açores arrancou no dia 22 com o início da prova de sete equipas, sendo que nesta edição cabe à Associação de Futebol da Horta colocar dois representantes seus.

A competição junta formações de seis ilhas – somente Santa Maria, Flores e Corvo não estão representadas – naquela que é a prova que encerra a temporada desportiva.

Os jogos realizados no último fim-de-semana permitiram compor o calendário da prova.

Assim, a primeira eliminatória, disputada a uma só mão teve os seguintes encontros:

Resultados da 1ª. Eliminatória:

Desp. Lajense (Pico), 1 - CD São Roque (São Miguel), 3

SC Marítimo (Graciosa), 1 - Juv. Lajense (Terceira), 0

Marítimo Velense (São Jorge), 2 - Flamengos (Faial), 0

O Fayal Sport ficou isento.

Nas meias-finais, também disputadas a uma só mão e agendadas para o dia 29, o Fayal Sport desloca-se ao recinto do vencedor da partida que oporá o Marítimo Velense ao Flamengos, sendo a outra meia-final composta pelos vencedores dos dois primeiros desafios da eliminatória de abertura.

P.S. Estava com alguma expectativa do Lajense conseguir passar este difícil adversário. Jogando em casa, tinha esse factor como uma motivação extra, mas as coisas não correram de afeição. Agora, repensar a nova época, com a esperança que a próxima será mais positiva e que os objectivos sejam conseguidos na sua amplitude.

Medina

Campo Tibério Ribeiro : Iniciados do União Micaelense vence Taça de São Miguel




O novíssimo sintético do Campo Tíbério António Moniz Ribeiro, na Fajã de Cima, foi palco da final da Taça de São Miguel de Iniciados tendo o Clube União Micaelense levado de vencida, o finalista S. C. Ideal.

Como era expectável o União desde cedo assenhorou-se do jogo e exercendo o domínio quase completo, mas que não foi traduzido em golos no primeiro tempo. O Ideal assentou o seu jogo mais na defesa do seu meio-campo tentando surpreender através de ataques rápidos com bolas colocadas nas costas da nossa defesa, mas aí Aragão esteve imperial nas dobras e a restante defesa também esteve muito bem.

As equipas foram para o intervalo com os unionistas a vencer por um a zero, fruto de um remate potente e indefensável de Frederico (13’), na sequência de um alívio da defesa idealista para a entrada da sua área.

No segundo tempo veio então ao de cima a superioridade Unionista e Aragão como foi apanágio ao longo da época marcou de cabeça aos 10 m.

Aos 25 m Joãozinho, acabado de entrar na partida serviu na perfeição Telmo que tirou o defesa do caminho e com um forte e colocado remate bateu de novo o redes dos verdes.

Notou-se a partir daqui algum desânimo normal nos rapazes do Ideal, que foram no entanto sempre valorosos adversários.

Mais descontraídos e sentindo que a Taça já era sua, os jovens do União, passaram a ter mais espaço e os dois últimos golos surgiram com naturalidade.

O 4-0 foi apontado de novo na sequência de um canto com um remate desferido no interior da área por Telmo que assim bisou e por o 5-0 já sobre o apito final depois de um remate de Henrique, que substituiu Nuno Câmara.

Parabéns a todos, pela óptima partida realizada. Vencedores e vencidos foram dignos e merecedores de estarem em mais uma Final de Taça do futebol jovem de São Miguel, num bonito, moderno e renovado recinto, bem necessário para a prática desportiva.

Uma palavra também para o trio de arbitragem que esteve bem em quase todas as decisões.

Integrados num público numeroso os adeptos, treinadores, directores e jogadores de outros escalões, pais e restantes familiares, bem como os atletas do plantel que não foram convocados participaram na festa da entrega da Taça, que é um prémio pelo trabalho desenvolvido por todos ao longo de toda uma época desportiva.

P.S. Esta final poderia ter outro desfecho, mas o futebol por vezes é fértil em coisas impensáveis. Como sou um desportista, envio daqui deste meu espaço, os meus parabéns ao vencedor desta prova.

Medina


JOGOS DAS ILHAS: Comitiva açoriana com 100 atletas




Os Jogos das Ilhas (JDI) “Sicília 2011”, que decorrem de 24 a 28 deste mês, junto à cidade de Palermo, na ilha italiana da Sicília, vão contar com uma delegação açoriana composta por 100 elementos, dos quais 75 são atletas, sendo os restantes treinadores, árbitros, dirigentes e representantes dos Açores.

O arquipélago vai estar representado nas modalidades de atletismo, basquetebol, judo, natação, ténis, ténis de mesa, vela e voleibol. Dos 75 atletas açorianos em competição, 36 partem de São Miguel, 32 da Terceira, dois de São Jorge, três do Pico, um do Faial e um de Santa Maria.

Nesta edição dos JDI, vão estar representadas 14 das 22 ilhas que fazem parte do Comité Organizador dos Jogos das Ilhas (COJI). A delegação açoriana vai competir frente aos atletas da Córsega, Corfú, Elba, Jersey, Korkula, Madeira, Maiote, Malta, Martinica, Sardenha, Sicília, Chipre e Wight.

Os JDI realizam-se de acordo com as regras internacionais e destinam-se a jovens até à idade do escalão internacional de cadetes (15/16 anos), cuja situação desportiva tenha enquadramento das respectivas federações desportivas nacionais.

Os JDI têm ainda a particularidade de, no caso das modalidades colectivas, a participação ser anualmente alternada (masculino e feminino).

A cerimónia de abertura dos JDI tem lugar hoje terça-feira, com a participação dos atletas de todas as delegações presentes, sendo que a cerimónia de encerramento acontece no dia 28, sábado, altura em que será feita também a entrega dos troféus da classificação geral e a passagem da bandeira do COJI para a região organizadora de 2012, na circunstância, a ilha de Sardenha.

P.S. Minha filha faz parte deste grupo, participando na selecção Açores de Voleibol. Desejo a todos os participantes, uma boa estadia e, óptimos resultados desportivos.

Medina



sexta-feira, maio 20, 2011

Historias da minha vida!

Nesta semana tínhamos um jogo muito importante, em casa, contra o Praiense, treinado na altura pelo Couto, meu amigo pessoal. Este jogo era muito aguardado e muito falado na comunicação social e considerado um derby Açoreano.


Era uma semana de muito trabalho, de muita concentração e de muita adrenalina, mas sabia muito bem!!! O nosso treinador da altura era o Senhor Fernando Casaca, muito exigente nos treinos e fora dele, nada escapava e estava sempre em cima dos acontecimentos; realmente trabalhamos bastante e a equipa estava pronta para o jogo, muito importante para nós.

Nos sábados antes dos jogos e de manha, fazíamos um treino para descontrair e relaxamento muscular, mas as vezes as peladinhas eram durinhas e levadas muito a serio. Após o treino e, do almoço, fui para casa descansar para estar em boas condições para o encontro. Estava deitado na cama a ouvir musica e a ler jornais desportivos ( era o meu passatempo) quando de repente batem á porta: “ Medina, queres ir jogar futebol de salão para o Pico da Pedra”, eu respondi-lhe, “ Não posso, porque tenho jogo amanha contra o Praiense e acabei de vir do treino e estou a descansar”, mas tanto insistiram que fui, mas numa condição que, não ponha os pés dentro do campo!

Fomos para o campo de cimento do Pico da Pedra, freguesia pertencente ao conselho da Ribeira Grande, e como tinha dito, fiquei de fora a ver o espectáculo. Mas como o bicho estava a mexer comigo e após algumas insistencias dos meus amigos, la entrei em cena, nunca pensando que alguém podia estar a ver e mais tarde criar-me um problema bicudo para resolver. Verdade seja dita, não joguei muito, mas o tempo que fiz acabou por ter resultados negativos para mim.

Domingo, dia do jogo, levantei-me cedo, tomei o pequeno almoço, e por volta das 10 horas, fui para o restaurante habitual, para almoçarmos todos juntos. Depois, demos uma volta e fomos para a sede para a palestra ( Eram muito cumpridas e por vezes apetecia dormir lol ). Após o discurso do nosso mister, partimos para o Estádio de São Miguel, para nos preparar. Equipamos, fizemos o nosso aquecimento e entramos em campo, para o jogo.

Recordo-me que estava a ser um jogo muito difícil, muito táctico, com muitas marcações o que dificultava imenso o jogo atacante. Eu não estava a ter muito espaço e os cruzamentos não estavam a ser com muita qualidade. Chegamos ao intervalo empatados 0-0. Após um pouco de descanso, retemperamos as forças com um chá de limão e café puro ( dava uma pedrada) ouvimos as recomendações necessárias para o resto da partida.
No recomeço a nossa supremacia sobre o adversário, foi mais acentuada. O jogo nesta fase começou a ficar mais aberto, e num contra-ataque rápido, a bola foi metida à minha frente e numa corrida rápida de 20 metros, disparei um pertado à entrada da área e a bola entrou no canto inferior direito, um belo golo! Foi a explosão no estádio. O pior estava para vir!

Comecei a ter cambras anormais e, pouco a pouco, tinha que sair do campo para ser tratado. O nosso massagista Carlos Barbos, dizia para mim: “ Medina, o que se passa, o que fizeste ontem….”, a resposta era sempre a mesma, que não tinha feito nada! Tentava dar um sprint e não conseguia, as pessoas mais ligadas ao clube estavam muito admiradas, porque, como era muito forte fisicamente, era muito estranho que tivesse acontecer aquilo comigo.

Acabado o jogo e depois de ganharmos com um golo meu, tudo foi esquecido e saímos do estádio para a nossas vidas!

Na semana seguinte, tudo estava a correr ás mil maravilhas, quando no sábado, andava eu a passear antes do treino com o meu colega Barbosa, guarda redes e do continente, quando aparece no outro lado do passeio o Mister Casaca, que diante de muita gente e muito zangado, ate fiquei envergonho! Disse-me assim: “ Onde foste no sábado passado antes do jogo com o Praiense, estas lixado comigo, vou te f…………todo e vou-te mandar embora, anda imediatamente à sede para rescindires o contrato”. Fogo, olho para o Barbosa ele olha para mim e disse-me: “ O que se passou…Tem calma que tudo vai-se resolver e vamos lá, falar com o velho”.

O ambiente estava muito quente, ele não parava de berrar lol, dizia que não contava mais comigo, o Barbosa e o Pessanha ( capitão) estavam a tentar acalma-lo mas não estava fácil, mas depois de muitos pedidos as coisas normalizaram e eu fui penalizado com uma multa ( corte no ordenado).

Como o nosso massagista, para alem de trabalhar para o clube, fazia tratamentos para as pessoas na sede, alguém do Pico da Pedra, que tinha passado pelo campo e que tinha ido ao jogo, na conversa, disse que eu tinha estado a jogar futebol salão lol. Claro que ele deduziu logo que o meu problema anormal era derivado do cansaço acumulado e jogar num piso muito duro. Ele disse-me: “ Medina, desculpa, tinha que dizer ao Casaca, senão ia ser muito pior”.

As coisas depois normalizaram e eu fiz uma época muito boa e nunca mais tive a tolice de ir jogar antes de um jogo.



Medina

Desmontado o mito da protecção de Salazar ao Benfica

Uma mentira repetida vezes sem conta transforma-se em verdade. É um facto. Eis como se desmonta uma verdade, ao ponto de se regressar à mentira. Segue um texto encontrado na Internet, cujo autor desconheço. Surpreendam-se... Leiam cada linha com a atenção e entusiasmo com que vêem o Benfica jogar...

Nos últimos tempos, tem sido comum encontrar espalhada pela blogosfera uma redonda e persistente mentira, segundo a qual o Benfica seria um clube conotado com o antigo regime ou protegido pelo mesmo. Em cerca de trinta anos de adepto de futebol nunca tinha ouvido tal coisa, e foi preciso aparecerem uns iluminados, fanatizados e instrumentalizados por um certo poder, para ver lançada no ar essa atoarda, como se se tratasse da mais cristalina das evidências.

A afirmação é tão absurda que não mereceria mais que o silêncio. Mas ainda assim, não gostaria de perder a oportunidade de deixar aqui algumas notas, para que os mais novos não se deixem enganar, e a partir das quais se pode ver o ridículo em que caem aqueles que, por fraqueza de espírito, ingenuidade ou ignorância, se deixam manipular e fanatizar por quem deles se serve e assim perpetua um poder bem mais absoluto do que devia, e para o qual a ética e a justiça estão, não na ponta da espingarda como diria Mao-Tse-Tung, mas sim numa qualquer comemoração triunfante na Alameda das Antas. Vejamos:

1 - Será o menos importante, mas para começar, a cor vermelha diz bastante. Salazar, que nem sequer gostava de futebol, nunca patrocinaria um clube com as cores da sua figadal inimiga União Soviética. A comunicação social até foi forçada a utilizar a palavra "encarnados" para descrever o Benfica, de modo a não conjugar "vermelhos" com "vencedores", o que poderia ser dramático para o regime. Ao contrário do Real Madrid – que usava cores queridas aos falangistas de Franco -, o Benfica usava as cores da revolta. Diria até que, por exemplo, o azul e o branco ficariam esteticamente bem melhor com toda a simbologia salazarista.

2 - O Estado Novo teve início em 1926 e começou a desintegrar-se em 1961 com as crises estudantis e a guerra colonial. Pois foi precisamente na fase decadente do antigo regime que o Benfica emergiu como força dominante do desporto português. Nos primeiros vinte e cinco campeonatos nacionais (entre 1934 e 1959, ou seja o período mais relevante do Salazarismo), a lista de vencedores é encabeçada pelo Sporting com 10 títulos, seguindo-se o Benfica com 9, o F.C. Porto com 5 e o Belenenses com 1. O Benfica tinha portanto vencido 36 % dos campeonatos – em 2008 tem 42%...

3 - O 25 de Abril foi, como todos sabem, em 1974. Pois nas três épocas seguintes o Benfica foi tricampeão!. Nos vinte anos a seguir à revolução o clube da Luz, não parecendo sentir nada o fim da ditadura, venceu 10 campeonatos, 7 taças, e foi a 3 finais europeias. No mesmo período o F.C.Porto conquistou 8 campeonatos, 5 taças e foi a 2 finais europeias. O Sporting venceu 2 campeonatos e 2 taças. A crise benfiquista, e a consequente hegemonia portista, deu-se apenas devido às sucessivas má gestões de Jorge de Brito (neste caso mais de quem o acompanhava), e sobretudo, Manuel Damásio e Vale e Azevedo que, paralelamente a outros aspectos, abriram campo aos triunfos portistas das últimas décadas.

4 - Por falar em presidentes, o Benfica foi ao longo da sua história, e enquanto durou o regime anterior, quase sempre presidido por ilustres oposicionistas. Félix Bermudes foi perseguido pela PIDE, e no consolado de Tamagnini Barbosa o clube chegou a correr o risco de ser encerrado pelo governo por alegadamente estar tomado por "conspiradores". Um outro presidente (Júlio Ribeiro da Costa) teve mesmo de se demitir para que o clube não fosse mais penalizado pelo regime, dada a sua forte conotação política com a oposição. O Benfica chegou a ter um presidente operário (Manuel Afonso, também, naturalmente, oposicionista), e foi, de longe, o clube desportivo que mais problemas criou a Salazar, como de resto seria de esperar numa agremiação tão marcadamente popular desde a sua fundação.

5 - Os órgãos sociais do Benfica sempre foram eleitos democraticamente, o que por diversas vezes foi alvo do olhar recriminador da PIDE, que acompanhou os actos eleitorais e assembleias-gerais bem de perto. Durante muitos anos foi o Benfica a única das grandes instituições do país onde o poder era escolhido através de voto livre e democrático. Nem o Jornal do clube escapou à perseguição, sobretudo quando tinha à sua frente José Magalhães Godinho.

6 - Os poderes públicos apoiavam tanto os "encarnados" que em 1956 escolheram o Sporting – por convite - para participar na primeira edição da Taça dos Campeões Europeus, apesar do campeão da época anterior ter sido o Benfica.

7 - O Estádio das Antas, construído com fortíssima ajuda do regime, e financiado por gente a ele ligada, foi inaugurado num dia 28 de Maio, data em que Gomes da Costa havia partido do norte em direcção a Lisboa para instalar a ditadura em Portugal, 26 anos antes. Curiosamente, o Benfica estragou a festa e venceu por…2-8 !!Pelo contrário, o Estádio da Luz foi construído (muitas vezes literalmente) pelos sócios do Benfica, sem recurso a quaisquer subsídios, e permitiu ao clube acabar com os sucessivos despejos a que foi sujeito e a que foi estoicamente resistindo. Curiosamente, o estádio que o Benfica utilizava antes tinha sido arrendado pelo Sporting (clube da aristocracia lisboeta), que então lhe chamava Estádio 28 de Maio. O Benfica não só fez questão de o inaugurar num dia 5 de Outubro, como lhe mudou o nome, designando-o apenas por "Campo Grande".

8 - No início dos anos quarenta, época dourada de Salazar, o F.C.Porto beneficiou da ajuda dos seus influentes homens do poder para, através de dois cirúrgicos alargamentos, evitar cair para a segunda divisão, após se ter classificado em terceiro lugar no seu campeonato regional, que na altura apurava as equipas (os dois primeiros) para a prova nacional. Mal se sabia que, décadas e décadas depois, seria novamente a sua influência a evitar a descida, agora por motivos bem diferentes, e bem mais nebulosos.

9 - Como referiu Manuel Alegre – insuspeito de salazarismo – os relatos dos jogos do Benfica, e as suas vitórias, eram motivo de grande regozijo entre os exilados políticos. O Benfica era mesmo, para alguns deles, o único motivo de orgulho no seu país.

10 - O Benfica foi campeão europeu com jogadores que faziam parte dos movimentos de libertação das colónias, como Santana e Coluna. Obviamente que Salazar não teve alternativa senão engolir o sapo e colar-se ao êxito do clube, aproveitando-se dele para efeitos políticos.

11 - Nas comemorações da vitória aliada na segunda guerra mundial, toleradas por Salazar apenas por receio de represálias dos vencedores – sobretudo a tradicional aliada Inglaterra – viram-se nas ruas bandeiras de França, dos Estados Unidos, de Inglaterra e…do Benfica, estas naturalmente substituindo as da URSS, e utilizadas por oposicionistas comunistas.

12 - O hino do Benfica ("Ser Benfiquista") cantado por Luís Piçarra não é o original do clube. O primeiro hino, composto por Félix Bermudes, chamava-se "Avante Benfica" e foi silenciado pelo regime.

13 - O Estádio da Luz passou 17 anos, desde a sua fundação, sem ser utilizado pela selecção nacional. Só já nos anos setenta se disputou o primeiro jogo de Portugal num estádio benfiquista. Nunca se jogou a final da taça na Luz ou em qualquer outro estádio utilizado pelo Benfica, ao contrário do que aconteceu nas Antas, onde o F.C.Porto disputou (em casa) nada menos que três finais, antes e depois do 25 de Abril.

14 - O primeiro grande escândalo de arbitragem na história do futebol português valeu um título ao F.C.Porto. Estávamos em 1939, no auge da ditadura salazarista, e no jogo decisivo os "vermelhos" viram um golo anulado nos últimos instantes, que valeria a vitória e o título. Também a história Calabote (que foi irradiado) está mal contada e de resto redundou num outro título para o F.C.Porto, que aliás já na altura demonstrava uma propensão enorme para se envolver em questões desta natureza.

15 - Ao longo dos anos do regime ditatorial, as situações em que os poderes públicos e federativos prejudicaram o Benfica administrativamente sucederam-se. Uma das mais conhecidas foi a não autorização para adiar o jogo da Taça de Portugal frente ao V.Setúbal, marcado para o dia seguinte à final de Amsterdão em 1962. Mas houve outras, como a marcação da repetição de um jogo para três dias antes da tal jornada de Calabote, obrigando o Benfica a um desgaste adicional que lhe poderá ter custado o título.

16 - Nunca em tempo algum o Benfica teve um seu sócio, ou mesmo adepto, como presidente de organismos ligados à arbitragem do futebol. O F.C.Porto é o que se sabe, e o Sporting também não se pode queixar pois tem agora lá um "emblema de ouro".

17 - O Benfica conquistou mais títulos nacionais nas modalidades extra-futebol em democracia (57), do que em ditadura (44). Ao contrário, por exemplo, do F.C.Porto, que à excepção do caso específico do hóquei em patins, tem mais títulos antes da revolução de Abril do que depois (25 antes -19 depois).

18 - O Benfica tem entre os seus adeptos gente de todos os estratos sociais e sectores políticos. Mas convenhamos que Álvaro Cunhal, José Saramago, Xanana Gusmão, António Guterres, Jerónimo de Sousa, António Vitorino de Almeida, Artur Semedo, Manuel Alegre, Miguel Portas e muitas outras figuras da esquerda portuguesa, simpatize-se mais ou menos com elas, nunca seriam seguramente adeptos de um clube de algum modo relacionado com o regime fascista.

19 - É curioso que o Benfica, tendo adeptos espalhados pelo país e pelo mundo, tem maior expressividade precisamente nas zonas mais conhecidas pelo seu combate ao fascismo, ou seja Alentejo – onde a percentagem de benfiquistas é absolutamente esmagadora - e cintura industrial de Lisboa, nomeadamente a margem sul do Tejo. Pelo contrário, o F.C.Porto tem a grande maioria dos seus adeptos concentrados na região norte, pouco conhecida pelo combate democrático – pode ser injusto para muitos dizê-lo, mas a verdade é que a maioria dos agentes da PIDE eram nortenhos, e a maioria dos detidos eram provenientes justamente das zonas onde existe maior expressão do benfiquismo. Nos anos quentes da reforma agrária, no pós-revolução, sei de pessoal das UCP's alentejanas que se organizava em excursões para os jogos internacionais do Benfica.

20 - Seria interessante também fazer a contabilidade dos adeptos e sócios do Benfica nas ex-colónias. Como seria possível haver tantos benfiquistas, por exemplo, em Angola e Moçambique, se o clube tivesse alguma conotação com o regime que durante anos lhes negou a independência e lhes deu a guerra?

P.S. Não sendo um adepto do Benfica, achei muito interessante este artigo e, por isso, publiquei neste meu espaço!

Medina

segunda-feira, maio 16, 2011

Redução ronda os 600 mil euros : Colectividades desportivas com menos dinheiros na próxima época



13 Maio 2011 [Desporto]

O Governo dos Açores, aprovou uma resolução em que se fixam os valores dos contratos programa a celebrar com entidades participantes em eventos desportivos de interesse público ou turístico que se consideram integradas na promoção externa da Região.

Assim, todos os apoios que serão prestados na época 2011/2012 terão uma redução de 15% face ao ano anterior (perto de 600 mil euros), sendo os seus valores os seguintes:



Clubes de futebol:

Santa Clara Açores, SAD 1.870.000,00

SC Angrense 136.000,00

C. Operário Desportivo 136.000,00

Futebol Clube da Madalena 136.000,00



Basquetebol

Sport Clube Lusitânia 178.500,00

CJ Boa Viagem 51.000,00



Voleibol

A. J. Fonte do Bastardo 178.500,00

CD Ribeirense 51.000,00



Andebol

Sporting Clube Horta 178.500,00



Hóquei em patins

Candelária Sport Clube 178.500,00



Futsal

C. Operário Desportivo 85.000,00*



Ténis de Mesa

GDSR dos Toledos 4.207,50

GDSR dos Toledos 2.125,00



Automobilismo

Campeão Açoriano de Rallies 85.000,00



* Em caso de subida de divisão, o apoio a conceder passará a ser de 178.500,00.



segunda-feira, maio 09, 2011

Finalistas conhecidos por meios pouco usuais.



Domingo, 08 Maio 2011 17:39 Escrito por Acácio Mateus inShare0União Micaelense e Sporting Ideal vão disputar a final da Taça de São Miguel, em iniciados. Nada de anormal até aqui! A diferença está na forma como ambos se apuraram…


A Taça de São Miguel é a última prova do calendário desportivo da Associação de Futebol de Ponta Delgada e, no sábado transacto, disputaram-se os encontros das meias-finais no escalão de iniciados. Ou pelo menos estavam agendados os dois desafios da primeira mão porque um deles nem se iniciou e o outro não chegou ao fim.

Em Rabo de Peixe, o Desportivo local recebeu e perdeu por 0-4 com o Sporting Ideal, partida que foi interrompida a meio da segunda parte devido a cenas de pancadaria no relvado entre os atletas e, pouco depois, com invasão de campo por parte de alguns adeptos. O árbitro deu por terminado o jogo e ainda se verificaram tentativas de agressão aos jogadores do Sporting Ideal quando estes já se encontravam no balneário.

Porque o jogo não chegou ao fim o Desportivo de Rabo de Peixe deverá ser sancionado com pena de derrota e eliminado da prova sem direito à disputa do encontro da segunda mão.

No campo das Figueiras, em Santo António, não houve pancadaria mas faltaram os agentes da autoridade. Sem polícia no recinto para dar início ao jogo que oponha o Santa Clara ao União Micaelense, o árbitro, António Frias, aguardou a meia-hora regulamentar e mais alguns minutos extra, não lhe restando alternativa que não fosse dar a partida por concluída sem sequer ter sido iniciada.

O Santa Clara deverá ver confirmada a derrota na secretaria por ausência da força policial no campo e também fica sem efeito a disputa do jogo da segunda mão. O União Micaelense segue para a final onde vai defrontar o Sporting Ideal.

P.S.

Impensável para um clube desta dimensão!! Mas como já vi de tudo no futebol...mais uma para o registo!
Perder uma eliminatória por este motivo, é contra procedente, para uma boa formação.
Depois do esforço dispensado na eliminatória anterior. Passando por situações complicadas, num determinado campo de futebol, foi inglório, ficarmos arredados da possibilidade de ganharmos  mais um titulo, porque, houve negligência de alguém.
Espero que situações dessas, não aconteçam mais no futebol, para que haja verdade desportiva e, acima de tudo, respeito pelos jovens atletas e pelas pessoas que os acompanham neste processo.


Medina




quinta-feira, maio 05, 2011

Volei Clube juvenis campeãs do Campeonato Regional 2011.

A minha filha é, a quarta da esquerda para a direita.

Os meus parabens !!!


Medina

quarta-feira, maio 04, 2011

Infantis B seguem na Taça de São Miguel



A passagem aos quartos-de-final da competição foi assegurada depois de um triunfo, por quatro bolas a zero, sobre o Capelense.


A equipa de infantis B do Santa Clara vestiu o fato de gala, proporcionando ao público presente no Jácome Correia uma excelente exibição, na passagem aos quartos-de-final da Taça de São Miguel.

Tendo pela frente o Capelense, uma equipa que terminou o campeonato na quinta posição, os jogadores encarnados realizaram uma das melhores apresentações da temporada. Realce-se a forma como todos os sectores funcionaram, a perfeita troca de bola entre os vários jogadores, os desequilíbrios provocados no último reduto do adversário e, acima de tudo, a forma abnegada como cada atleta se entregou ao encontro. Desta forma, a tarefa que, inicialmente, parecia complicada, ficou bastante facilitada.

Alinhando no habitual 2x3x1, o Santa Clara cedo tomou conta dos acontecimentos, não dando qualquer veleidade à formação do norte da ilha. Ao cumprirem o que lhes tinha sido pedido nos balneários, os jogadores estiveram sempre muito soltos e concentrados, ligando perfeitamente o jogo entre todos os sectores.

Com a defesa em grande nível, o meio-campo mostrou-se extremamente móvel, com Miguel Machado a cumprir, com precisão, a sua missão de distribuidor de jogo para os dois irrequietos extremos (Miguel Correia e João Medina). Na frente, Bruno Martins era de mais para uma atordoada defensiva “preta”.

Assim, não foi de estranhar que aos sete minutos já o Santa Clara vencesse por duas bolas a zero. Bruno Martins e João Medina deram expressão ao controlo que os encarnados tinham do jogo. Sempre por cima, até ao intervalo, ficaram ainda por apontar mais alguns tentos, os quais teriam sido o corolário óbvio do domínio exercido.

No segundo tempo, a tendência da partida manteve-se. Sem tirarem o pé do acelerador, os jogadores continuavam endiabrados, sempre à procura da melhor solução.

O tranquilizador terceiro golo chegou num momento de grande espectacularidade. Alexandre Miguel marca um pontapé de canto à maneira curta, recebe a bola de volta e chuta violentamente ao ângulo superior mais desviado da baliza do Capelense. Um golo capaz de levantar qualquer plateia.

A partir desta altura era tempo de deixar corre o relógio e também de descomprimir. Esta descompressão ainda fez com que o Capelense criasse uma, ou duas, oportunidades que, contudo, esbarraram na solidez defensiva encarnada. Até final, Rafael Abranches ainda fez o gosto ao pé e levou o placard para números mais consentâneos com a exibição encarnada.

No final, fica a satisfação pela passagem à próxima ronda da Taça de S. Miguel, mas também o regozijo pela forma como a equipa jogou. Estão de parabéns todos os atletas. A jogar assim…

O próximo jogo está marcado para a noite da próxima quarta-feira, frente ao Oliveirenses, em Santo António Além Capelas.

No Jácome Correia, o Santa Clara alinhou com: Luís Almeida; Francisco Lucas, Alexandre Miguel, Miguel Machado, João Medina, Miguel Correia e Bruno Martins. Jogaram ainda: Nuno Silva, Manuel Travassos, Rafael Abranches, Rodrigo Correia e Diogo.

Treinador: António Medeiros.





segunda-feira, maio 02, 2011

Marco histórico no desporto Açoriano e Picoense !



Ribeirense, campeão de Portugal de Voleibol Femenino!

O Clube Académico da Trofa perdeu com o Ribeirense por 3-2, no segundo jogo do playoff da Divisão A1 de voleibol feminino.


A equipa da Trofa voltou, à semelhança do que fez no primeiro encontro, a dar muitas dores de cabeça às adversárias, que viram a vantagem inicial (14-25) ser anulada com dois parciais a favor das trofenses (25-18 e 25-19).

Depois da superioridade demonstrada pelo CAT, o Ribeirense suou para conseguir levar à partida até à negra (15-25).

No derradeiro parcial, as açorianas mostraram os argumentos pelos quais compõem uma equipa profissional e venceram (12-15), garantindo o título de campeãs nacionais pela primeira vez na história do Ribeirense.