sábado, setembro 18, 2010

A PARTIDA QUE ME FIZERAM....HOMENAGEM.

  PARTE 1

 Regressado a Ponta Delgada, depois de umas ferias bem passadas na minha terra natal, chegou ao momento de escrever algo sobre a homenagem que me fizeram. Ela foi  realizada pela Câmara Municipal das Lajes do Pico, durante a semana dos baleeiros, para ficarmos bem esclarecidos sobre quem a realizou!
   Antes de começar a debitar palavras, quero agradecer do fundo do meu coração ao presidente e ao vereador da Câmara Municipal, Roberto Silva e Mário Tome, como também ao Prof.Pedro, da empresa municipal e a  todas as outras pessoas envolvidas e presentes nesta singela festa, mas muito marcante para mim.Sei que foi o reconhecimento de alguma coisa que fiz em prol do desporto, como também sei que foi mais pela pessoa humilde que sou.
   Nas ferias do ano passado, e nos tais treinos dos veteranos do Lajense, o meu amigo Pedro, numa conversa amena sugeriu a possibilidade de o Santa Clara vir ao Pico na semana dos baleeiros, mas que ficaria sempre dependente das eleições  que se iriam realizar. Trocamos numero de telemóveis e fiquei aguardar por novidades.
   Num belo dia e após alguns contactos entre nós,  recebo uma chamada do Pedro a confirmar que a nossa ida estava garantida e que gostaria de saber da nossa disponibilidade. Na altura já tinha dado conhecimento aos meus colegas do Santa Clara que anuíram a esta ideia, mas como tudo, tinha que os informar destes dados novos. Logo de imediato, contactei-os, para saber a possibilidade da nossa ida ao Pico, na data proposta pelo Pedro. Quero-vos dizer que foi logo aceite, mas, como era natural teríamos que fazer uma reunião para acertar os pormenores da viagem. Naturalmente que fui a ponte nestas conversações, mas longe de mim pensava no que me estavam a preparar.
  Infelizmente por motivos de saúde, estive ausente da região e mesmo longe estive sempre em contacto com ambas as partes para que a nossa ida fosse uma realidade. Chegou a uma altura que pensei que a minha presença não ia ser possível, porque, como atrás mencionei estava em Lisboa, num outro jogo da vida e, estava a ver que não conseguia estar nas Lajes na semana dos baleeiros.
  Entretanto, na segunda feira, dia 23 de Agosto, estando eu ainda em Ponta Delgada, porque regressei de Lisboa no dia 20 de Agosto, fui a um treino dos iniciados do Santa Clara ( Onde também faço parte da equipa técnica), e onde estava presente o jornalista Acácio Mateus, que me chamou para fazer-me uma entrevista para a RDP Açores, e onde me falou da Homenagem que se ia realizar. Fui apanhado de surpresa, mas falei como já soubesse de tudo, mas não sabia. Foi um momento complicado para mim, mas penso que me sai bem?
  Cheguei ao Pico na quarta feira de Lurdes, mas devia ter vindo um dia antes...perdi o avião. Após a minha
chegada ás Lajes, entrei em contacto com o Pedro, conforme o combinado. No meio da nossa conversa, sugeri que iria ao aeroporto esperar pelo Santa Clara, porque ficava muito bem da minha parte que o fizesse. Acreditem que ao ver os meus amigos saírem do avião as lágrimas vieram-me aos olhos, por motivos que não vale a pena mencionar aqui.

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Medina

quinta-feira, setembro 16, 2010

AS INSTITUIÇÕES LAJENSES.

  Foi com bastante agrado que constatei que a Filarmónica Liberdade Lajense, é dirigida por uma direcção,  composta na sua maioria por gente jovem, com ideias e projectos novos, o que poderá trazer outra mais valia a esta instituição com quase 150 anos da sua existência.
  Como pouca gente sabe, fui em tempos tocador desta banda, mas porque o meu  vicio era o futebol tive que optar por este, como muita pena minha.
   Independentemente de quem esteja à frente e qual seja a sua cor politica, julgo que deveriam ser muito acarinhados e apoiados neste mandato.
   O futuro das nossas instituições, quer desportivas quer culturais, estão nos jovens e, se esta tiver sucesso, como espero, concerteza que muitos mais irão aparecer e o futuro esta garantido.
  Porque não querendo fugir para outra temática que não a desportiva, peguei neste exemplo para falar novamente do lajense. Por aquilo que presenciei e falei com as pessoas, existe uma grande vontade de colocar o Lajense novamente na serie Açores.
  Penso que nunca houve uma conjectura politica como agora para que isso aconteça, mas como tudo, é necessário mais pessoas para que este projecto tenha sucesso.
  Um clube de futebol precisa de estar bem estruturado e organizado de forma a conseguir os seus objectivos, numa forma gradual e sustentada, mas para que isso aconteça, precisa como é logico das pessoas.
  Por aquilo que sei, o clube vive muito da boa vontade de 3 ou 4 , o que à partida o vai condicionar, porque, o cansaço e a saturação vai ser um grande handicap. 
  Julgo que este processo deveria ser liderado pela Câmara Municipal, reunindo com as pessoas e fazendo ver que sem elas nada poderá ser feito. Tem a palavra as pessoas das Lajes....




Medina

quarta-feira, setembro 01, 2010

Lajense e Santa Clara homenageiam Medina

Notícias / Desporto


Lajense e Santa Clara homenageiam Medina

Publicado: 2010-08-25 17:46:44
Actualizado: 2010-08-25 17:46:44

Por: RTP Açores



Foto: Acácio Mateus

Medina é homenageado aos 47 anos por dois clubes que representou enquanto sénior

Lajense e Santa Clara homenageiam Medina

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Ponta-de-lança é distinguido pelos dois clubes por ocasião das festas de Nossa Senhora de Lurdes. Jogo entre os veteranos traz à memória tempos de saudade.



O futebol nos Açores criou ao longo dos tempos jogadores que se evidenciaram nos clubes das suas terras de origem e muitos deles ultrapassaram interna e externamente as barreiras da insularidade. José Medina, natural da ilha do Pico, é um desses exemplos.



Cresceu para o futebol no Madalena, emblema onde fez toda a formação e cumpriu uma época nos seniores ainda com idade júnior. Depois, aos 18 anos, emigrou por um período de seis meses para a América onde manteve a prática desportiva no União Faialense e no LASA. Regressou posteriormente à ilha montanha onde jogou época e meia no Lajense.



As suas qualidades já despertavam a cobiça dos emblemas de referência em São Miguel e com a sua vinda para trabalhar na Electricidade dos Açores o Santa Clara ganhou a corrida à contratação do ponta-de-lança que na carreira marcou mais de duzentos golos.



José Medina representou os encarnados de Ponta Delgada durante sete temporadas e em São Miguel também jogou pelo Operário, União Micaelense, Vasco da Gama e Marítimo. Uma década de actividade no futebol sénior antes de pendurar as botas aos 27 anos.



E são precisamente os clubes que mais tempo representou enquanto sénior que o vão homenagear nesta quinta-feira, dia 26, por ocasião das festas de Nossa Senhora de Lurdes, inseridas na Semana do Baleeiro, na ilha do Pico. Os veteranos do Lajense e do Santa Clara vão realizar um jogo particular com início marcado para as 20.30 horas, no campo das Lajes.



Uma homenagem que orgulha José Medina. «Só se fazem homenagens em prol de alguém que fez algo. Não é que tenha feito algo do outro mundo mas considero que será uma forma de reconhecerem o meu passado desportivo porque passados tantos anos mais ninguém conseguiu fazer o que eu fiz», disse.



A cerimónia carrega um forte simbolismo e traz para a actualidade memórias de tempos idos. «Vivi e ainda vivo muito o futebol. Quando era jovem perdi muita coisa por causa do futebol e hoje, vinte anos depois de ter deixado de jogar, continuo a sentir saudades do treino, do jogo, dos ambientes, das amizades, de tudo…», referiu.



Com um passado rico em termos desportivos, José Medina não esquece a «subida à II divisão B», considerando-a como um «momento marcante». Jaime Graça era o treinador e no plantel pontificavam jogadores como Albano, José João, José Manuel, Lúcio Salsa, Barata, Pessanha e Eduíno.



Uma vez ligado ao futebol, para sempre ligado ao desporto-rei e nem o afastamento de dois o fez cair no esquecimento. O regresso à modalidade aconteceu num momento que recorda com um brilho nos olhos. «Estava a construir a minha casa e tinha ido a uma loja de ferragens comprar materiais. Estava lá o Miguel Ferreira que me propôs treinar os infantis do União Micaelense. Não recusei. Depois disso ainda trabalhei nas selecções jovens da Associação de Futebol de Ponta Delgada antes de regressar ao Santa Clara».



Mas enganam-se aqueles que pensam que Medina é um treinador da formação. «Ambiciono ir mais além, quem sabe um dia treinar uma equipa sénior e reunir muitos dos jogadores que ajudei a formar. Ainda hoje vejo com agrado que atletas como o Clemente, o Pacheco e o Fonseca me cumprimentam com entusiasmo. É sinal de que terei sido importante para eles», observou.



Acácio Mateus

quinta-feira, julho 29, 2010

A GRANDE VIAGEM À CALIFÓRNIA.

As minhas histórias.............




O Futebol Clube da Madalena programou uma viajem à Califórnia no verão de 1979. A partida para São Francisco foi no mês de Agosto, logo no seu inicio.

Eu estava num dilema, porque no mês de Abril, estive a representar a selecção da Associação de Futebol da Horta, no torneio da Pascoa, realizado no Faial, com a participação das selecções de juvenis de São Miguel, Terceira e Selecção Nacional, composta por jogadores que mais tarde fizeram furor no futebol Português, entre os quais estava o Venâncio, Bandeirinha, Victor Nódoa e outros.

Como o torneio correu-me bastante bem, comecei a partir daqui a receber diversos convites para representar outros clubes, entre os quais do F.C.Porto, Santa Clara, Lusitânia, falava-se no Benfica e que iria representar a selecção Nacional, o que me veio baralhar por completo a minha ida à Califórnia e a minha tranquilidade do dia à dia.

Lembro-me que tivemos, em minha casa, com os meus pais algumas conversas, sobre o que iríamos fazer ao meu futuro como jogador de futebol e como homem. Era muito jovem e meus pais não estavam muito de acordo com a minha saída de casa tão cedo, mas mesmo assim, meu Pai não se oponha à minha ida para o Porto só que, minha mae tinha que ir comigo. O tempo foi passando, por vezes estava com muita vontade de ir e de outras, ficava apreensivo. Esqueci dos convites e renovei contrato com o F.C.Madalena ( porque são iam jogadores que tivessem assinado), porque queria ir à Califórnia. Nunca pensando que se fosse para o F.C.Porto podia ter ido muitas mais vezes para as Califórnias, e poderia ter tido outra carreira, mas enfim….

Mas vamos ao que interessa para esta história. Antes de regressarmos ao Pico, fizemos o nosso ultimo jogo de despedida em S. Leandro. Logicamente que depois dos jogos que realizamos havia sempre grandes banquetes. Mas este era diferente porque era o adeus a uma terra fantástica, e por isso havia uma atmosfera de alegria mas também de alguma tristeza. Depois do jogo houve um grande jantar e um grande baile, baile esse abrilhantado por um conjunto da zona mas que tinha um cantor da Ribeirinha do Pico ( Não recordo do nome...), radicado na zona à muito tempo.

Eu e o Mário Nogueira, ficamos na casa do amigo Manuel, cunhado de meu tio José Medeiros , mestre das lanchas do Pico. Bela casa, bela gente, não faltava mesmo nada. Lembro-me de ouvir relatos de futebol de Portugal na garagem dele logo pela manha. A diferença horaria era de 7 horas e ouvindo um Sporting, Porto tão cedo fazia-me muita confusão. Recordo-me que foi no ano que os jogadores craques do Porto fizeram greve e vieram a Alvalade com uma equipa mais débil, mesmo assim, ganharam o jogo por 2-0, golos de Albertino. Meu amigo Manuel Ficou doente porque o seu Sporting, levou na “ cabeça”. Voltando à festa, depois de comermos e dançarmos à grande, preparamos para voltar a casa, que ficava em São José. O Manuel tinha uma Caravana, em que podia levar muita gente. Na cabine da frente ia o Manuel, a Alice ( esposa ) e atrás íamos uns quantos, entre eles o José António Soares, Mário Nogueira, Renato, Guido, filha do Manuel , algumas amigas e a minha pessoa.

Entrámos no Freeway e passado pouco tempo o motor do carro começou a aquecer demais o que obrigou-nos a estacionar na faixa de segurança. Saímos todos do carro para saber o que se passava. O carro nada de pegar e resolvemos pedir ajuda a quem ia passando. Passado pouco tempo, nesta altura ainda não havia telemóveis, parou um carro, com um casal de mexicanos. O Manuel falou com eles a dizer o que se passava, e se podiam fazer o favor de irem a uma “ Garestacion” e mandar um reboque para levar o nosso carro. Foram muito simpáticos e disseram-nos que iam nos ajudar.

Como estava um pouco frio voltamos para dentro da nossa caravana, esperando pela abençoada ajuda dos mexicanos. Eu fiquei mesmo na porta de saída, com ela um pouco aberta, para indo vendo quando chegava o reboque e o movimento na estrada, estou falando para ai umas 3 horas da manha.

Estava eu na minha missão, quando de repente veijo um grande alvoroço de carros da policia, parando uns atrás dos outros, com as luzes acesas, portas abertas, armas de fora e prontas a disparar. Parecia um filme de Hollywood. Pensamos que não era nada connosco. Quando não é o nosso espanto, um carro ficou mesmo atrás do nosso e de repente oiço uma voz potente e nervosa de um policia americano “Ganes, Ganes Ganes” , mandaram-nos sair rápido do carro, mãos no alto, nada de movimentos bruscos e fomos revistados um a um.

 A coisa esteve feia por uns momentos, porque a policia americana não brinca em serviço e tememos o pior. O Manuel só dizia que não tínhamos ganes, que o carro estava avariado e que tínhamos pedido ajuda a uns mexicanos, mas não estava nada fácil. Eu tremia de medo e de nervos, nem podia falar. Depois de um certo tempo e após revistarem o carro de alto abaixo o ambiente ficou mais calmo e ai o Manuel conseguiu explicar o que tinha acontecido, e que nós éramos Portugueses, e que iríamos voltar no dia seguinte a Portugal.

 O que aconteceu para haver esta confusão toda. Os mexicanos em vez de irem ao lugar que pedimos, foram, mas foi à policia dizer que nós tínhamos armas e que os tinham ameaçado. Partimos todos a rir e prontificaram-se logo para nos ajudar. Viemos todos em carros da policia americana, eu ia na frente porque tinha as pernas grandes, arma pendurada ao meu lado, policia maior do que eu, era um espectáculo.

Deixaram-nos numa zona da cidade e disseram-nos se fosse preciso alguma coisa era só contacta-los. Depois amigos nossos, deram-nos boleia para os lugares onde estávamos hospedados e preparamos para regressar o Pico. Claro que a conversa durante a viagem foi os mexicanos…..



Medina

quarta-feira, julho 28, 2010

VIAGEM NO CANAL, NUM BARCO DE BOCA ABERTA

As minhas histórias........

  Como muita gente sabe, para alem de começar a jogar futebol oficial no Futebol Clube da Madalena, a minha formação como atleta foi feita no velhinho e saudoso campo das Lajes, no campo de São Mateus e na porta da garagem de meu Pai.
  Mas a história de hoje, relata um episódio que se passou quando já jogava nos seniores da Madalena, mas ainda com idade de juvenil.
  No inicio da época desportiva 79/80, fomos disputar com o Flamengos a supertaça, que colocava frente a frente o campeão da Associação de Futebol da Horta e o vencedor da Taça, que dava acesso à Taça de Portugal. O primeiro jogo foi realizado no Faial no campo dos Flamengos, num domingo à tarde.
   No ultimo treino da semana ( Eu como vivia nas Lajes não fazia todos os treinos semanais), foi me dito que o jogo era ás 15 horas e que saiamos do porto da Madalena pelas 13 horas. Como era habitual, meu pai ( João Medina ), acompanhava-me sempre para todos os jogos que eu realizava e nunca levou um escudo de frete ao Futebol Clube da Madalena.
  Partimos de casa nas calmas, como sempre, porque meu pai andava sempre aos 20 à hora. Ao chegar à Madalena, tinha sempre o habito, de olhar para o porto para saber se a lancha estava perto ou se tinha alguém. Qual não foi o meu espanto em não ver nenhum movimento de pessoas, nem lancha em parte nenhuma. Paramos o carro em frete ao café do Cristiano, penso que era esse nome, e fomos saber o que se passava.
  Encontramos o nosso amigo Carneiro que nos disse que tinham ido para o Faial na Lancha das 12 horas, as lágrimas iam-me caíndo e fiquei num sofrimento porque não ia disputar esse jogo. Conversa puxa conversa e lembrei-me de irmos para o Faial de barco de pesca, mas tinha que ser decidido de uma forma rápida para eu poder chegar a tempo do jogo. Fomos falar com o Piriquita que tinha um barco de boca aberta, que nos disse que não levava dinheiro nenhum, mas que pagassem o combustível, meu pai prontificou- se logo. Entretanto era necessário ligar para o campo dos Flamengos para falar com o José Manuel, nosso dirigente, para por o meu nome na ficha do jogo. Tudo combinado. Partimos na nossa viagem memorável. Lancha para o mar, estava em cima do cais e la fomos nós. Quero lembrar que o senhor Andrade da padaria, também foi connosco. Realmente o mar não estava muito manso mas deu para fazer bem a viajem, de repente la se levava com alguma agua salgada na cara mas não era nada de outro mundo.
 Chegados ao porto da Horta, e depois de passarmos o canal em cerca de 1.30 minutos, apanhamos um táxi e fomos em alta velocidade para os Flamengos. Recordo-me que cheguei ao balneario, estavam quase a entrar para o campo e ficaram todos a olhar para mim como admirados. Logicamente que não entrei a titular pelos motivos que indiquei. O Flamengos tinha uma grande equipa com jogadores experientes e com muito valor, nós também não ficávamos a trás. Acontece que ao jogar em casa e com o factor publico a seu favor, mais o campo ervado, o Flamengos chegou aos 3-0 na primeira parte. Ao interva-lo, o  Manuel Serpa, nosso treinador na altura, mandou-me aquecer para entrar no inicio da segunda. Ora bem. Não passou muito tempo para fazer o  3-1, e logo a seguir reduzi para os 3-2. O jogo estava aberto e muito bem disputado e nos acreditamos que podíamos levar para a segunda mão no Pico, um melhor resultado. Mesmo quase no final do jogo e numa jogada individual da minha parte, depois de passar por alguns adversários, dei a marcar o golo do empate ao Mário Fernando. Foi uma festa enorme e para mim foi uma alegria imensa depois de ter passado o que passei para chegar ao campo dos Flamengos.
Quero lembrar que no jogo da segunda mão no Pico, ganhamos por 6-1 e marquei quatro golos. Neste jogo estava um amigo nosso atrás da baliza do barracão, e ao marcar um dos golos veio dar-me um abraço, mas antes, apanhou um grande susto porque caiu de cima do muro para dentro do campo. Quero agradecer e homenegear publicamente  meu PAI, por tudo o que fez por mim e acima de tudo, era o meu maior critico, para que eu melhorasse em alguns aspectos como jogador.

Medina

quinta-feira, julho 22, 2010

VETERANOS DO SANTA CLARA NA SEMANA DOS BALEEIROS - LAJES DO PICO.



Posso anunciar neste meu espaço, que a equipa de veteranos do Clube Desportivo Santa Clara, vai estar presente num torneio a realizar na semana dos Baleeiros nos dias 26 e 27 de Agosto,  na presença de outras equipas. Este convite foi endereçado pela Camara Municipal das Lajes, através do meu amigo Professor Pedro, que muito nos honrou e, no qual em meu nome pessoal e dos veteranos do Santa Clara, muito agradecemos. Estou com um grande dilema...onde irei jogar? São dois clubes que muito me dizem e que muito gosto, mas neste momento estou dividido, mas o meu coração esta para o lado do Lajense. Não sei ainda se estarei presente, porque terei que ir a Lisboa, devido a um problema de saúde, mas se Deus quiser, não faltarei!!!!!

Medina

quinta-feira, julho 15, 2010

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES A TER NO TREINO COM JOVENS





Introdução                              



De facto, o acto de treinar tem como objectivo a melhoria das prestações desportivas, a capacidade de superação, a vontade de se ser cada vez mais proficiente. Diria que está é uma verdade “La Paliciana”. Todavia, na hora de definir objectivos e metas a atingir, importa conhecer aqueles que são os alvos do nosso labor. Significa isto que, treinar crianças e adultos, prevê a adopção de diferentes metodologias, pois estamos perante fases diferentes de desenvolvimento. Esta é também uma daquelas verdades que ninguém desmente, mas o que é certo é que aquilo que por ai mais abunda é a existência de processos de treino semelhantes, para atletas completamente diferentes. Importa, assim, definir com algum rigor e clareza alguns dos pressupostos a ter em conta quando se projecta uma forma de trabalhar. Os tópicos que se seguem não pretendem encerrar o assunto, nem tão pouco esgotá-lo, mas tão somente, alertar para uma panóplia de situações que não devem ser olvidadas.



A Saber:



1. Não deve o Treinador/Educador utilizar métodos de treino idênticos ou semelhantes ao treino dos adultos. De facto, as ferramentas motoras e psicológicas das crianças, são manifestamente diferentes das dos adultos. Não nos referimos, apenas, ao volume e intensidade dos treinos, mas muitas vezes à complexidade das tarefas que se encontram desajustadas das potencialidades dos jovens.



2. Não deve dar importância aos resultados imediatos. As exigências feitas pelos dirigentes e o tratamento dado aos jovens futebolistas e aos educadores / treinadores, são muitas vezes idênticas ao tido para com os adultos, na sua faceta mais negativa. O melhor resultado a atingir no treino com jovens é a promoção da actividade física, como fonte de uma vida activa, e por isso mesmo, mais saudável. Incutir nos jovens valores como a justiça, respeito e a solidariedade, também deverá ser um imperativo. Todavia, é demasiado evidente que devemos ensinar os atletas a querer ganhar, pois é um mau competidor que não joga para vencer. Todavia, a vitória pode assumir diversas facetas que não passará segura e exclusivamente pelo resultado.



3. É fundamental que o Treinador/Educador de uma forma clara entenda que o futebol Infanto - Juvenil é uma Escola de Jogadores de Futebol. Assim como a Escola Tradicional pretende dar uma Formação académica aos Cidadãos para que mais tarde possam vir a ser integrados na sociedade, também o desporto pode contribuir através dos valores em que a prática desportiva é virtuosa.



4. Ensinar o jogo através de formas jogadas e estruturas adaptadas à idade dos jovens. (bola, balizas, campo, nº jogadores). Na verdade, só se aprende a fazer, fazendo. Jogar, implica assumir a responsabilidade de antagonizar com outro, medindo forças. O maior prazer da criança é o jogo, mas o jogo, nas primeiras fases, deve assumir uma forma mais simples. Ser mais simples, não significa ser menos importante, mas tão somente, adaptado à realidade da criança.



5. Deve promover actividades lúdicas. A motivação é a razão que nos leva a fazer algo. De facto, se a prática do Futebol não for prazerosa, levará a criança ao descontentamento e frustração. Depois não nos devemos admirar que o caminho da desistência seja a melhor saída.



6. As escolas Futebol devem ser para todos os jovens que queiram praticar esta modalidade, mesmo quando possuam menos habilidade que os outros jovens do mesmo grupo. Na verdade, a Escola tradicional não é apenas para os mais dotados, mas para todos os jovens. Depois, alguns tirarão maior proveito dela, mas todos têm o direito à mesma. Ora, situação semelhante se passa com o futebol. Todos deverão ter o direito de jogar, sabendo à partida que só os mais aptos chegarão a patamares superiores.



7. Os Treinos devem realizar-se onde os jovens futebolistas se sintam motivados e integrados para o efeito.



Conclusão



Voltamos a reiterar a ideia de que aquilo que se acaba de expor é um brevíssima reflexão acerca do treino com jovens. Não foi, nem é nossa ideia criar uma panaceia, mas simplesmente levantar algumas questões sobre as quais importa reflectir, sobretudo, aqueles que se dedicam ao labor com os mais jovens.



Texto: António Pinheiro – Treino de Futebol Nível II UEFA Basic.



quinta-feira, julho 01, 2010

A NOSSA PARTICIPAÇÃO NO TORNEIO INTERNACIONAL DE FERMENTELOS 2010

As expectativas que nós tinhamos sobre este torneio internacional de mini-futebol europeu, não saíram desfraldadas. Sabíamos de antemão que, iríamos encontrar equipas com outra dimensão, muito bem preparadas e com outra competição. Mas para nós era um desafio muito aliciante, saber ate que ponto os miúdos conseguiriam ultrapassar estas dificuldades e como resolvê-las. Quero lembrar que efectuamos 7 jogos em 4 dias, o que nos trouxe uma sobrecarga enorme em termos físicos, para mais, o nosso plantel não era equilibrado o que dificultava uma normal e lógica rotação dos jogadores.
 Mesmo assim, os objectivos foram conseguidos no seu total. Se em termos desportivos poderíamos ter ido mais alem na classificação, porque demonstramos valor para isso, basta lembrar o jogo com o Celta de Viga, que a 10 minutos do seu fim estávamos a ganhar por 1-0 ( Poderíamos ter feito o 2-0), e fomos perde-lo por 2-1. No capitulo social, vertente para nos muito importante, foi um espectáculo. Os nosso miudos conviveram com todos, com Alemães, Ingleses, Portugueses, Espanhóis, sempre de uma forma ordeira e simpática.
Quero salientar a grande amizade que fizemos com a equipa do Estugarda, mais concretamente o seu guarda redes, um miúdo espectacular, havendo trocas de camisolas ( Troquei uma com o seu treinador) e na festa de encerramento na altura que íamos regressar a Ponta Delgada,  despediu-se de mim com um abraço e deu-me um cartão com todos os seus dados pessoais e desportivos. Concerteza que irei acompanhar a sua carreira com muita atenção.
Acreditem, que foi para mim uma experiência única. Regressamos a casa mais fortes, mais experientes e acima de tudo, cientes que temos que trabalhar mais e melhor, para conseguirmos outros patamares, porque valor existe nos nossos atletas.
Para terminar, quero realçar a simpatia de todo o pessoal da organização, que foram impecáveis na resolução dos problemas e na forma como nos trataram, sempre com uma palavra amiga!!!





Medina

quarta-feira, junho 30, 2010

PORTUGAL NO MUNDIAL.

Na minha modesta opinião, julgo que a participação de Portugal no mundial de 2010, na África do Sul, ficou aquém do esperado. Digo isto, em virtude do valor dos nossos jogadores ser reconhecido internacíonalmente pela sua qualidade futebolística, o que nos dava algumas garantias para conseguirmos atingir outra classificação, mais honrosa com os nossos pergaminhos. Não esquecendo que éramos os 3ª no ranking da FIFA.Não pondo em causa a sua honestidade e seriedade do Prof.Carlos Queiroz, Portugal, apresentou-se neste mundial com os meus defeitos que foram detectados na fase de apuramento e, como é lógico, deveriam ter sido ultrapassados na fase de preparação. Ainda em relação ao Professor, reconhecemos muitas qualidades na organização e estruturação de um projecto na sua forma global, mas em termos tácticos e na montagem de uma equipa, fica um pouco a desejar. As equipas de Carlos Queiroz, são bem organizadas no aspecto defensivo, mas muito curtas no ofensivo. É um treinador muito pragmático que joga pela certa, nunca arriscando nos momentos que devia faze-lo. Tacticamente tem algumas dificuldades em fazer a leitura correcta. Mas os problemas de Portugal, não foram só desportivos. A saída de Dany, o caso Deco, as declarações de alguns jogadores após a derrota com a Espanha, veio aclarar que realmente o ambiente entre eles e a equipa técnica não deveria ser a melhor para esta fase da competição. Basta lembrar a grande asneira de colocar o Ruben Amorim a jogar contra a Costa do Marfim, tinha chegado de Portugal à quatro dias, e com jogadores no banco que tinham estado desde o inicio da preparação. Está a perder e tira um trinco para por outro, opções sem logica, enfim...  Terminando, espero que os responsáveis façam uma reflexão profunda, quer ao nível da selecção, quer ao nível do futebol Português, para torna-lo mais competitivo, porque valores não faltam.


Medina

terça-feira, junho 22, 2010

FUTEBOL LAJENSE, QUE FUTURO...

Futebol lajense, que futuro…




Entendi que devia escrever sobre o futuro do futebol lajense. Porque, apesar de se dizer - e nalgumas situações até se pode constatar, que no contexto da ilha do Pico, estamos atrasados em relação a outros concelhos, digo-vos que, quer pelo nosso passado desportivo, quer pelas excelentes condições que possuímos, deveríamos ter uma equipa de futebol a disputar a Série Açores.

Mas, sabemos bem, qualquer modalidade desportiva deve ser sustentada por uma boa formação, já que esta contribui de forma essencial para a qualidade e sobrevivência, quer da modalidade em particular, quer do desporto em geral. Porque, se assim não for, o projecto não terá futuro pois as dificuldades serão imensas e complexas e, inevitavelmente, ficaremos nas mesmas condições em que se encontram outros clubes repletos de problemas financeiros e com seu futuro hipotecado.

Creio que há um assunto que deve merecer a nossa reflexão: será que na nossa ilha do Pico existem condições para se manter o número de equipas actualmente existente, com diversas modalidades? Será benéfico continuarmos a encher nossas equipas com jogadores de fora da ilha que, com honrosas excepções, pouca mais valia trazem ao nosso desenvolvimento desportivo?

Temos que ter referências da nossa terra, apetrechar nossas equipas com jogadores que pelo seu carisma tragam pessoas às instituições e, muito importante, sejam exemplo para os mais novos.

Os clubes do Pico, incluindo, naturalmente o meu Lajense, precisam de pessoas que para além de suas qualidades humanas, sejam muito rigorosos na forma de gerir, apresentem projectos credíveis e ambiciosos e sejam capazes de motivarem as pessoas a viverem e sentirem mais o seu clube, trazendo-as para dentro dele com vontade de o fazer ainda maior.

O Lajense precisa de uma direcção forte, dinâmica, capaz de criar condições para se fazer um trabalho de qualidade e, naturalmente, isso só se consegue com pessoas qualificadas e identificadas com o clube.

É bem sabido que os movimentos associativos nas Lajes sentem muitas dificuldades pois nem sempre as pessoas se mostram disponíveis para darem seu contributo. Mas… há que mudar de atitude e de mentalidade, a fim de conseguirmos fazer crescer o nosso clube.

Vale a pena, acreditem!

Claro que o sucesso dum projecto desta dimensão só se consegue com uma grande conjugação de esforços, envolvendo as forças vivas do nosso concelho e, naturalmente, com apoio camarário.

Basta olhar o projecto do Ribeirense.

Os princípios são os mesmos, contribuem para a valorização do nosso concelho, não me venham dizer que é diferente.

Sim, é possível engrandecer o nosso grande clube.

Estou seguro que muitos concordam comigo:

O Lajense tem que ser pensado no seu todo;

O Lajense é o expoente máximo do futebol no nosso concelho;

O Lajense merece estar num nível superior;

O Lajense precisa de todas as pessoas que gostam dele.

O futuro do futebol lajense pertence a quem, realmente, gosta deste grande clube.

 
Medina

segunda-feira, junho 14, 2010

MÉTODO DE TRABALHO APLICADO AOS TREINOS E JOGOS.





Um treinador de futebol juvenil, deve acima de tudo preocupar-se pelo estado social do atleta, quer isto dizer que a família e a escola têm prioridade sobre os treinos.

A nossa função é a de formarmos os homens de amanhã, através da prática do desporto. Todos nós sabemos que os jovens sonham sempre em serem grandes futebolistas, mas temos que os chamar á realidade e mostrar que os estudos é que são a aposta.

A formação profissional de cada um é muito importante não só para o atleta mas também para a sociedade em que vivemos.

Num treino desportivo de jovens atletas o treinador deve criar um grupo de regras obrigatórias e deve ser sempre o primeiro a cumprir as mesmas.

O Treinador deve ser:

- Bom ouvinte,

- Lógico, Credível e incisivo nas suas acções,

- Confiante,

- Amigo,

- Compreensivo e comedido,

- Deve estar a uma distância que permita que os jogadores sintam que podem falar e comunicar sem receios,

- Deve criar todas as condições para que o ambiente que rodeie a equipa seja o de uma 2ª família,

- Deve mostrar que a Instituição Clube está acima de qualquer jogador, treinador ou mesmo dirigente. Todas as acções que fazemos representam o clube e por isso temos que o dignificar,

- Deve criar condições para uma melhor interacção dos atletas com o treinador.


Psicologia no futebol

No meu entender o treino psicológico tem uma forte ligação no desempenho da equipa.

Um bom treino psicológico pode corresponder a uma percentagem extra de motivação para uma melhor realização dos objectivos.

Não quer isto dizer que seja necessário ter um psicólogo na equipa. Acredito que esta função possa ser desempenhada pelo treinador no decorrer do treino geral. É possível faze-lo graças ao seu conhecimento do universo que rodeia o futebol, da paixão pelo jogo, da experiência e do conhecimento da mente humana.

Pessoalmente, não abdico deste treino e acredito que possa estar aqui um dos segredos de uma boa época desportiva.

É o tentar despertar o lema “ amor á camisola “.

Preparação dos treinos:

Quando se tem um tempo reduzido de treino, temos que fazer um planeamento do mesmo de modo a poderemos retirar o máximo de rendimento. Assim temos que ser muito realistas, muito objectivos nos exercícios que planeamos para a equipa. Só assim é possível obtermos resultados a curto prazo.

Estes exercícios devem também ser múltiplos. Significa isto que um exercício deve tentar trabalhar várias vertentes como a capacidade motora, técnica, táctica e psicológica. As simulações de situações de jogo são igualmente uma boa opção.

O treino com bola deve fazer parte de cerca de 80% do treino realizado, ficando os restantes 20% para o trabalho físico.

Para permitir uma melhor interacção dos atletas com o treinador e com os treinos, poderá optar-se por nomear 3 capitães de equipa, que rodam entre si e com responsabilidades a nível dos treinos e jogos.

Penso que é importante os atletas entenderem o porquê da realização dos exercícios e participarem activamente na execução dos mesmos, pois só assim os podem executar na perfeição. Devemos fazer questão de lhes explicar todos os exercícios as vezes que forem necessárias e de ouvir as suas opiniões sobre os mesmos, permitindo assim estabelecer um nível de responsabilidade e respeito dentro do grupo.

É esta interacção que pode ser fundamental numa equipa.

Sempre que um atleta é substituído, devemos tentar conversar com ele e explicar o motivo da sua saída. Só assim eles podem compreender o que esteve mal e evoluir no futuro. Temos que ser sinceros e abertos para com os atletas.

Defendo que é assim que formamos uma verdadeira equipa !!!!


Nelson Rocha – Treinador de Futebol 11

VERÃO, SOL, CALOR, PRAIA...DIETAS

Apesar de o calor ainda não ter chegado, o Verão aproxima-se e com ele surge a urgência de se ter o corpo em forma.

Apesar de o calor ainda não ter chegado, o Verão aproxima-se e com ele surge a urgência de se ter o corpo em forma. Assim, os meses de Primavera e de Verão são aqueles em que as pessoas se predispõem a fazer sacrifícios em prol de uma boa performance física. Se umas procuram profissionais de saúde habilitados para prescrever um plano alimentar tendo em vista a redução de peso, outras chamam a si essa responsabilidade e ficam por sua conta e risco. Dietas de emagrecimento há muitas, mas quase todas comportam graves perigos, não fazem perder massa gorda e "resolvem o problema" por um curto período de tempo. Ou seja, as dietas loucas que passam de boca em boca ou que são divulgadas em revistas pouco cuidadosas prestam um mau serviço à saúde de quem quer emagrecer. Porque:

um plano alimentar para redução de peso tem regras;

diminuir de peso não pode ser a qualquer preço;

diminuir de peso e voltar a ganhá-lo não é saudável;

nem toda a diminuição de peso significa emagrecimento;

e com a saúde não se brinca.

É necessário ser-se responsável e não entrar em desvarios.

Para que ninguém prejudique a sua saúde atrás de falsas ilusões, de soluções fáceis e de corpos que, muitas vezes, são irrealistas em relação à nossa constituição corporal, deixamos aqui algumas dicas que não deve deixar de cumprir. Então:

faça uma lista dos alimentos que quer comprar e não abra excepções;

nunca vá às compras com fome;

não coma snacks fritos, alimentos muito doces e guloseimas;

frite o menos possível. Prefira os cozidos, os grelhados, as caldeiradas, os assados, mas use sempre pouca gordura;

retire dos alimentos toda a gordura visível e após a confecção dos mesmos retire a gordura que fica no caldo;

abuse das especiarias e das ervas aromáticas para que as refeições fiquem mais saborosas e para diminuir a utilização de sal;

a fruta e os produtos hortícolas ajudam à sensação de saciedade, pelo que devem estar presentes em todas as refeições;

coma sopa;

não petisque entre as refeições;

beba muita água. Prefira sumos naturais, chás e infusões a qualquer tipo de refrigerantes e evite as bebidas alcoólicas;

faça planos alimentares semanais ou diários e cumpra-os;

faça cinco ou seis refeições diárias, de modo a não concentrar a maioria dos alimentos em uma ou duas refeições

não salte refeições;

coma a horas certas, sentado, devagar e em ambientes sossegados;

não coma mais quando já se sente saciado;

desenvolva hábitos alimentares saudáveis.

Sertirmo-nos satisfeitos com o nosso aspecto físico é um direito legítimo e saudável, desde que sejamos realistas e não nos tornemos obsessivos. Por isso a alteração dos nossos comportamentos alimentares deve ter em vista toda a nossa vida e não o tempo em que, mais ou menos vestidos, nos expomos aos olhares dos outros.

segunda-feira, junho 07, 2010

TORNEIO INTERNACIONAL FUTEBOL INFANTIL / FERMENTELOS 2010

O Clube Desportivo Santa Clara, vai participar no Torneio internacional de Fermentelos, que se realizara nos dias 24 a 27 de Junho. Como treinador vai ser uma experiência imperdivel, porque vou estar em contacto com outras realidades, o que me vai tornar melhor treinador e acima de tudo melhor condutor de homens. Em relação aos miúdos, vai-lhes dar outro traquejo, outra maneira de estar no futebol e acima de tudo criar novas amizades.


INFANTIS A – MAIN COMPETITION



GRUPO A

A1 TOTTENHAM FC


A2 RC CELTA DE VIGO


A3 CD SANTA CLARA


A4 CD PAÇOS BRANDAO


A5 CD ARRIFANENSE



GROUP E

E1 ATLETICO MADRID

E2 CHARLTON ATHLETIC FC

E3 NAVAL 1º MAIO

E4 SPORT PROGRESSO

E5 AA MACINHATENSE



GRUPO B

B1 SL BENFICA

B2 FULHAM FC

B3 AF BRAGAFUT

B4 SC ESMORIZ

B5 SC S.JOAO VER



GROUP F

F1 SPORTING CP

F2 GIBRALTAR NT

F3 CD CINFAES

F4 SC ALBA

F5 AD VALONGUENSE


GRUPO C

C1 VFB STUTTGART

C2 CD FEIRENSE

C3 CCD OLIVAIS SUL

C4 PEDROUÇOS AC

C5 RD AGUEDA



GROUP G

G1 ASPIRE ACADEMY

G2 LYNGBY FF

G3 BOAVISTA FC

G4 FIAES SC

G5 LAAC


GRUPO D

D1 FC PORTO

D2 WOLVERHAMPTON

D3 O.BAIRRO SC

D4 CJS AROUCA

D5 UD MOURISQUENSE



GROUP H

H1 VILLARREAL CF

H2 WATFORD FC

H3 UD LEIRIA

H4 ADCR VATECA

H5 SC FERMENTELOS

FUTSAL

Uma equipa do Grupo Recreativo da EDA / GREDA, participou num torneio aberto de Futsal, em Santa Cruz da Lagoa. Claro que fomos encontrar todas as equipas com jogadores muito jovens e acima de tudo rodados nesta modalidade, inclusive, participam nas provas da Associação de futebol de Ponta Delgada. Mas, o que interessa é participar e conviver e, os resultados desportivos são secundários neste caso. Quero agradecer ao Presidente do GREDA, o jantar que nos ofereceu no final deste torneio. Aos meus companheiros até ao próximo!!!!





Medina

sexta-feira, junho 04, 2010

MUITA BOA GENTE DEVIA LER ESTA ENTREVISTA.........

Luís Proença – Entrevista a propósito de “Futebol – Começar Bem Para Chegar ao Topo”




Luís Proença, treinador especializado em futebol juvenil, lançou recentemente o livro “Futebol – Começar Bem Para ao Topo” (lançado pela Desportos & Lazer, uma divisão das Publicações Europa-América), uma obra destinada dar pistas na formação de futuros craques. O livro dirige-se essencialmente a treinadores de futebol juvenil necessitados de formação e de actualização de conhecimentos. Luís Proença falou do seu livro e das suas ideias ao Porta-Livros.




Porque sentiu necessidade de escrever e publicar este livro? Dirige-se a quem especificamente?


Mais do que uma necessidade, fui motivado pela noção adquirida ao longo destes 10 anos a exercer a actividade de treinador de que há enormes carências em Portugal no capítulo da formação e actualização dos treinadores de futebol juvenil, sobretudo daqueles que exercem esta actividade nos clubes de pequena e média dimensão, que são, como se sabe, a sua grande maioria.


A Federação Portuguesa de Futebol e as Associações não garantem uma formação regular e contínua àqueles treinadores que, por não terem formação académica na área do desporto (ainda a grande maioria), e que não têm acesso ao universo restrito e elitista dos cursos de Nível III e IV da UEFA, se vêem obrigados a actualizar-se recorrendo a material informativo estrangeiro divulgado através da Internet.


Por outro lado, escasseia a oferta bibliográfica sobre treino no futebol juvenil, quer no que respeita a monografias, quer no que concerne a publicações periódicas. O que se encontra nas livrarias são sobretudo compilações de exercícios de treino avulsos.


Ciente destas carências decidi aproveitar a experiência adquirida e as muitas horas de estudo e pesquisa que fui fazendo ao longo destes anos para escrever um livro dirigido sobretudo ao largo universo de treinadores do futebol infanto-juvenil que exerce a sua actividade nos clubes de pequena e média dimensão, para os quais pode ser um bom instrumento de trabalho.


No entanto, e apesar de ter tido a preocupação de não desvirtuar as bases científicas do treino desportivo, redigi o livro numa linguagem menos técnica, mais acessível portanto a quem não tem a referida formação em desporto, facto que alarga o universo de destinatários deste livro, que pode e deve ser lido pelos encarregados de educação dos jovens candidatos a jogadores, e até pelos próprios praticantes.


Acha que há muita gente sem preparação a dirigir jogadores infantis e que isso pode ser prejudicial para os próprios futebolistas, nomeadamente a nível físico?


Infelizmente ainda continua a haver muita gente sem qualquer qualificação a trabalhar no futebol infantil. Trata-se de um cenário que tem vindo lentamente a mudar fruto da popularização dos cursos de Desporto, havendo cada vez mais licenciados e bacharéis nesta área a quererem trabalhar no futebol, facto que vai permitindo aos pequenos e médios clubes ir paulatinamente substituindo os “carolas” que punham os miúdos aos pontapés na bola por gente que tem uma abordagem mais qualificada do treino.


O nível de exigência e responsabilidade inerente ao trabalho com jovens de tenra idade em plena fase de crescimento psicomotor é totalmente incompatível com qualquer forma de treino empírico, cujos conteúdos físicos, técnicos e tácticos não se adequem minimamente a essa realidade. Para além dos vícios de índole técnica e táctica que dificilmente são corrigíveis em patamares etários mais avançados, e que condicionam definitivamente a possibilidade de sucesso desportivo na modalidade de praticantes que até poderiam ter qualidades inatas para ir muito mais longe, há ainda o risco real de contracção de lesões físicas crónicas fruto de conteúdos de treino totalmente desadequados para as idades em que são ministrados.




E a eterna questão de conciliar estudos com a prática desportiva, tem solução?


Trata-se na minha perspectiva de um problema cultural. Sustento a total compatibilidade entre os estudos e a prática desportiva. O problema é que numa modalidade como o futebol tão endeusada neste país, em que se bebe, come e dorme futebol, há uma excessiva mediatização dos praticantes de topo, cujo estilo de vida nos entra pela casa adentro todos os dias e a toda a hora.


Criou-se a convicção errada de que uma carreira no futebol é a garantia de uma vida abastada. Muitos pais perspectivam e anseiam para os seus filhos uma vida de sucesso no futebol, pelo que, ao mínimo sinal de que há capacidade inata para praticar a modalidade, alimentam excessivas expectativas em relação aos miúdos. Essas expectativas com que nós treinadores nos deparamos todos os dias, quer da parte dos miúdos quer da parte dos pais, é gerida de forma negativa, representando na maior parte das vezes, e apesar das nossas recomendações, um desinvestimento real no percurso e no rendimento escolar, quando devia ser precisamente ao contrário.


Penso que cabe aos pais, em primeira linha, inverter este estado de coisas e restabelecer as prioridades. Primeiro a escola, depois o futebol. Há tempo para ambas as coisas sem prejuízo uma da outra.


Como é que vemos já na alta competição tantos futebolistas que parecem mais preocupados com o êxito pessoal do que com o colectivo, esquecendo por vezes a entidade empregadora com a qual assinaram contrato de livre vontade? Tem que ver com as características de cada um ou foram mal “formatados” desde início?


A resposta à pergunta anterior esclarece um pouco a origem de uma certa mentalidade egocêntrica que existe neste meio. É óbvio que o perfil psicológico de cada jogador pode contribuir mais ou menos para o acentuar dessa faceta, mas a verdade é que o enraizar da noção de que o futebol é primeiro um negócio e depois uma modalidade veio contribuir seriamente para que se instalasse uma mentalidade mais comercial que muitas vezes relativiza o velho conceito de “amor à camisola” que caiu em desuso. É verdade que os jogadores se preocupam muitas vezes é com a perspectiva de um contrato melhor, mesmo que para tal tenham que secundarizar certos conceitos próprios de uma modalidade colectiva que exige um grande compromisso em torno de objectivos comuns para que possa haver sucesso desportivo.


Como se consegue dosear a quantidade de ensinamentos e treino específico sem minar o talento e a criatividade de cada um?


É sem dúvida uma excelente pergunta. O que é importante é fazer compreender aos jogadores mais dotados tecnicamente que devem colocar as suas capacidades inatas ao serviço do colectivo. Hoje em dia as exigências tácticas do futebol impõem que cada vez mais se valorize o rigor táctico em detrimento da mais-valia técnica individual. Para os jogadores mais dotados nesse capítulo devemos incentivá-los e criar rotinas para que usem dessa sua mais-valia no tempo e no espaço próprio no contexto organizacional do jogo. Se os habilitarmos a usar essa sua arma no momento e no sítio certo durante o jogo, instruindo-o a desempenhar outras tarefas importantes na dinâmica da forma de jogar da equipa em qualquer das fases do jogo, estamos a contribuir para o tornar ainda melhor.


Continua pois a haver espaço para a criatividade e talento mais dirigida a momentos específicos do jogo e no espaço certo do terreno de jogo.


Hoje em dia já não há espaço para aqueles jogadores que pegam na bola junto à sua baliza e tentam sistematicamente fintar todos os adversários que lhe aparecem pela frente mantendo o resto da equipa na expectativa do sucesso ou do insucesso dessa acção.


Devemos, pois, no âmbito do trabalho das rotinas inerentes à forma de jogar de cada treinador, criar os conteúdos que permitam a esses jogadores usar desse seu talento no momento e no local próprio.


Há formas de preparar um futebolista em formação para a eventualidade de poder nunca passar de um futebolista mediano, destinado a fazer carreira nos escalões secundários?


Eu diria que a única forma de o preparar para tal, é fazendo-o perceber que deve trabalhar sempre na perspectiva de chegar ao topo, pois se o fizer bem e se for persistente, mesmo que não tenha a sorte de lá chegar, poderá pelo menos um dia beneficiar da possibilidade de aliar o rendimento do seu trabalho fora do futebol ao rendimento extra que pode auferir no fim do mês fazendo uma coisa que adora: jogar futebol, mesmo que seja num clube de dimensão distrital. E essa só por si já deve ser uma motivação extra para que se entregue ao máximo mesmo que antecipe que tem poucas hipóteses de ser um dia um futebolista profissional.


Como se deve lidar com os pais ou familiares, às vezes tão ávidos de terem um craque na família?


Podia dizer que uma atitude pedagógica dos treinadores perante esses pais poderia contribuir para atenuar essa dose excessiva de expectativas. Contudo, infelizmente, a experiência diz-me que há muitos pais que nem sequer querem ouvir uma recomendação no sentido de não criarem doses excessivas de expectativas em relação aos seus filhos. Na maior parte dos casos esses pais associam essa posição do treinador a má vontade ou perseguição aos seus filhos em detrimento de outras crianças. A avidez provoca a cegueira…


Como se motiva miúdos que chegando a clubes organizados e federados deixam de jogar só pelo prazer de jogar e passam a ter de respeitar horários, calendários, estratégias e treinos colectivos, e que, eventualmente, são desviados para posições em campo que não eram as que mais lhe agradavam?


Antes de mais cumpre-me esclarecer que quando falo nos clubes de pequena e média dimensão me estou a referir obviamente a clubes federados. Hoje em dia, praticamente todos os clubes que têm pré-escolas, escolas e departamentos de futebol infantil e juvenil são federados, pelo que estão adstritos à calendarização oficial das competições das respectivas associações ou federação, havendo já muitos que têm regulamentos internos que impõem algum rigor à prática desportiva em termos de cumprimento de horários, assiduidade aos treinos e disciplina.


Na verdade, e por todos os clubes por onde passei, os jovens que não quiseram cumprir com as regras internas, formais ou informais, em termos de horários, assiduidade e disciplina acabaram afastados desses clubes, pelo que, e como eu costumo dizer, só lá está quem quer e está preparado para aceitar essa realidade. Caso contrário, é melhor limitar-se ao futebol de rua. Tal não impede que joguem e treinem com prazer.


Questão diferente é a utilização dos jogadores fora das posições que mais lhe agradam.


Antes de responder a esta questão, adianto que reconheço importância, sobretudo nos escalões de pré-competição (escolinhas, escolas) e até nos infantis, de proporcionar aos jogadores experiência e rotinas em posições diferentes. Sobre este assunto, que está muitas vezes na origem de focos de conflituosidade entre treinadores e jovens jogadores, deve prevalecer em primeiro lugar a noção de que o treinador está habilitado a perceber em que posição ou posições é que determinado jogador, em função das suas características, pode atingir níveis adequados de rendimento individual e colectivo.


Por outro lado, deve explicar-se ao jogador que o facto de ser utilizado pontual ou mais sistematicamente fora da posição que mais lhe agrada o pode enriquecer enormemente em termos tácticos e capacidade de perceber a organização dinâmica do jogo em si. Fica com uma noção mais abrangente do jogo e ganha outras competências que o podem até valorizar no futuro quando chegar ao futebol sénior, contexto onde muitas vezes a versatilidade táctica de um jogador lhe abre as portas para jogar em plantéis em que a sua posição de preferência está normalmente ocupadas por jogadores mais experientes. Claro que num contexto em que chamamos um jovem jogador para treinar e competir numa posição em que não está rotinado devemos apoiá-lo municiando-o com advertências técnicas e tácticas que lhe permitam enfrentar a tarefa com hipóteses de sucesso, o que a acontecer vai não só aumentar a sua confiança como a sua disponibilidade para repetir a experiência no futuro.

terça-feira, junho 01, 2010

ALIMENTAÇÃO DO ADOLESCENTE DESPORTISTA

A alimentação do adolescente desportista



A adolescência e a prática regular de exercício requerem alguns ajustes ao nível da alimentação. Os jovens necessitam de um regime alimentar adequado, de forma a que o corpo se encontre preparado para as novas exigências.

Comece-se por enaltecer todos os jovens que optam pela prática de uma qualquer modalidade desportiva e também os seus pais ao permitirem, facilitarem ou, até mesmo, incentivarem essa prática. A prática desportiva regular é benéfica para os jovens a vários níveis:

físico: desenvolve e melhora a condição física geral, ajuda a reduzir a tensão arterial, equilibra o processo de apetite/saciedade;

psíquico: contribui para um estilo de vida mais saudável, diminui a pressão do dia-a-dia, cria desafios, estimula o alcançar de objectivos;

social: fortalece o espírito de grupo, promove o cumprimento de regras, facilita o convívio, permite uma boa ocupação dos tempos livres.

Ser adolescente e praticar regularmente - pelo menos 3 a 4 vezes por semana - uma determinada modalidade requer reajustes ao nível alimentar. A adolescência caracteriza-se pelo grande desenvolvimento físico - ósseo e muscular - do organismo num, relativamente, curto espaço de tempo e, por outro lado, a prática desportiva caracteriza-se também por, a nível físico:

- desenvolver e fortalecer a massa muscular, incluindo o coração;

- elevar o metabolismo basal - consumo energético necessário para o funcionamento do organismo, quando está em repouso;

- consumir as gorduras acumuladas.

Assim, é importante proceder a algumas alterações quanto ao regime alimentar normal dos adolescentes, de modo a responder às necessidades específicas dos jovens desportistas.

1. Refeições

Primeiro almoço - deve ser completo e rico em hidratos de carbono de absorção lenta - farináceos - e média - frutas.

Refeição anterior à prática desportiva - deve ser feita duas horas antes, ser rica em hidratos de carbono de absorção lenta e média, ser rica em líquidos - água e sumos de fruta natural -, ser mais pobre em gorduras e ser de fácil digestão.

Refeição a seguir à prática desportiva - deve ser feita até uma hora após o fim da actividade física e deve ser semelhante à refeição indicada no ponto anterior.

2. Nutrimentos

Ligeiro aumento dos alimentos em geral, de modo a proporcionar o aumento necessário de proteínas, lípidos e hidratos de carbono. Estes não necessitam nunca de ser de absorção rápida, ou seja, de produtos ricos em açúcar.

Não há qualquer necessidade de suplementos e o consumo de líquidos deve ser feito antes, durante e depois da actividade física.


A par do incentivo que deve ser feito para a prática regular de uma qualquer modalidade desportiva, deve-se ensinar e proporcionar aos jovens um regime alimentar adequado - o que comer, como e quando -, de forma a que o corpo esteja preparado para essa nova exigência e dela possa retirar todos os benefícios.

DESPORTO É SAÚDE?

Desporto é saúde?


Morte de atleta em campo traz à tona discussões sobre a prática de esportes em nível de competição. Em princípio, a resposta ainda é sim. Mas, para especialistas, excesso de exercícios em esportes de competição não é saudável



Por Renato Marques

No último dia 28 de outubro, o esporte brasileiro viveu um dos momentos mais delicados de sua história. Aos 14 minutos do segundo tempo da partida entre São Paulo e São Caetano, válida pela 38ª rodada do Campeonato Brasileiro, o zagueiro Serginho, do Azulão, caiu em campo. Atendido rapidamente pelos médicos das duas equipes, o jogador não resistiu, falecendo algumas horas depois no hospital para onde foi encaminhado.

Nos dias que se seguiram ao incidente, muitas especulações tomaram conta do noticiário. Tudo foi questionado, desde a atuação dos médicos até um possível atraso na saída da ambulância, passando pela negligência dos dirigentes do São Caetano. Embora já se reconheça o caso como uma fatalidade, que poderia ter ocorrido em qualquer circunstância, trouxe à tona uma série de discussões sobre o esporte de competição e suas conseqüências.

A primeira, e talvez mais grave, das constatações é a de que, definitivamente, esporte competitivo não é sinônimo de saúde - ao contrário do que pensa a grande maioria. Levar e manter atletas no limite da capacidade física é uma atividade de risco, que pode provocar sérios danos ao corpo do esportista. "Se considerarmos rigidamente os conceitos de saúde, o esporte de competição não pode ser considerado uma prática saudável. Com certeza, não", crava o fisiologista e coordenador do CEMAFE/Unifesp (Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte da Universidade Federal de São Paulo), Turíbio Leite de Barros.

"Se considerarmos as estatísticas de lesões e problemas físicos, a maioria deles no próprio aparelho locomotor, os indivíduos que praticam esporte competitivo têm uma incidência muito maior. Pior do que isso é que, na terceira idade, eles carregam seqüelas que se distanciam muito do conceito de vida saudável", complementa Barros. "Na realidade, a principal razão para isso ser verdadeiro é que quando o objetivo é a competição, claramente não se busca saúde. A busca é por dinheiro. E é isso que faz com que se tornem necessárias sérias concessões em termos de saúde."

Logicamente, não se pode culpar unicamente o esporte competitivo pelas mortes ocorridas nos campos de futebol. A prática esportiva, ainda que em excesso, não mata ninguém isoladamente. Mas também não se pode negar que essa prática desmedida, muitas vezes cobrada dos atletas atualmente, tem papel decisivo na evolução de determinados quadros patológicos, tornando o atleta mais vulnerável a determinadas complicações. Sendo assim, a situação só chegará a condições críticas se houver uma doença pré-existente - o esporte não cria cardiopatias, por exemplo.

No entanto, essa atividade, classificada como profissional, pode provocar alterações no quadro geral do atleta e, principalmente, acelerar determinados quadros patológicos. "Isso também não quer dizer que a pessoa vai morrer por fazer atividade física. É preciso ter uma doença de base para que uma atividade muito intensa possa desencadear algum problema", explica o Médico Especialista em Medicina Esportiva do CEMAFE/Unifesp, Paulo Zogaib. "Se o indivíduo faz uma atividade muito intensa, durante muito tempo, pode criar desadaptações, ou seja, alterações, nos sistemas cardiocirculatório, pulmonar, endócrino, neurológico, até no aparelho locomotor, que são lesivas ao corpo."

Sobrecarga e saúde do coração

Neste contexto, por incrível que pareça, o órgão menos atingido é o próprio coração - a não ser, naturalmente, que já exista uma cardiopatia. "Não existe nenhuma evidência na literatura médica de que o exercício, mesmo de alto rendimento, traga problemas ao coração. De fato, o atleta tem um coração diferente do individuo normal", afirma Barros. "Mas se este atleta não tem nenhuma doença, é um coração diferente porque ele é supernormal. Nunca anormal ou sub-normal. É o órgão, na verdade, que menos problemas tem com o excesso de atividade."

Ainda assim, dois pontos precisam ser tratados com cuidado. Em primeiro lugar, a questão de que a sobrecarga de exercícios pode acelerar processos patológicos causados por má-formação genética, podendo provocar, até mesmo, um ataque fatal. "Traçando uma metáfora, podemos dizer que a atividade física, no caso, é o gatilho, não a pólvora. A pólvora já existia ali e ela poderia explodir se o indivíduo estivesse em casa, ou, como muitas vezes acontece, até dormindo", diz Barros. Nessas situações, no entanto, é praticamente impossível controlar este "gatilho".

Isso acontece porque no esporte competitivo, ao contrário do que acontece nas atividades físicas leves e que visam apenas o condicionamento físico, não há como controlar a carga de exigência, uma vez que os limites são extremamente tênues. No caso das atividades controladas, é possível dimensiona-las para que funcionem, até mesmo, como elemento curativo em algumas patologias. No entanto, em meio a uma disputa importante, seja uma final no futebol, uma corrida no atletismo ou os 100 metros na natação, é difícil - até mesmo pelo envolvimento emocional - controlar a carga aplicada no atleta de maneira que ela não ultrapasse o limiar permitido pela doença que ele carrega.

"Não há como controlar a sobrecarga no esporte competitivo. Isso acaba, na grande maioria das vezes, sendo prejudicial, mesmo que a atividade pudesse beneficiar aquele indivíduo", afirma Zogaib. "Imagine um atleta em uma final de campeonato. Ele vai se envolver emocionalmente e correr muito mais do que pode. Esse controle não funciona. Se você precisar controlar a carga, se o indivíduo tiver limitação de prática esportiva, não pode praticar esporte competitivo."

ATLETAS DE FIM DE SEMANA


Atletas de fim de semana


Para quem curte uma prática de esportes apenas de vez em quando, vale lembrar o ditado: ´é melhor prevenir do que remediar`



Por Renato Marques

Você é daqueles que adora bater uma bola no final de semana? Reúne os amigos no sábado e joga a manhã toda, certo? Ou então, gosta de jogar um tênis para relaxar e esquecer a semana. Ainda, gosta mesmo é de cair na piscina e nadar por horas, tentando melhorar seu próprio desempenho - ainda que longe dos profissionais. Seja qual for o seu caso, saiba que o mais importante é se prevenir para evitar surpresas desagradáveis. E não é preciso ficar alarmado, porque, se bem direcionado, o esporte pode ser de grande auxílio na sua estafante rotina diária.

Para o fisiologista e coordenador do CEMAFE/Unifesp (Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte da Universidade Federal de São Paulo), Turíbio Leite de Barros, a prática de esportes, ainda que esporádica, deve ser incentivada, mas sempre com cuidado. "O futebol de final de semana é um lazer. E é um momento que, do ponto de vista de doenças provocadas por excesso de trabalho, é uma terapia. Então isso deve ser valorizado e não desestimulado", diz. "Agora, é evidente que para valorizar a importância desse momento na vida de qualquer um também é importante estar alerta para eventuais riscos que ele possa correr ao fazer isso."

Falar em riscos, embora possa parecer alarmante, não deve ser visto sob este ponto de vista. É muito melhor avaliar os riscos e tentar eliminá-los para garantir uma prática tranqüila, do que estragar a própria diversão com uma contusão - ou mesmo com algo mais sério. "Na verdade, o principal risco que se corre é que esse lazer acabe sendo o gatilho de manifestação de uma doença", diz Barros. "Essa atividade física pode disparar uma ocorrência até mesmo fatal de uma patologia que ele já é portador e não sabe. Nesse caso, o próprio prazer trazido pelo jogo deve ser um motivo para realmente se preocupar com a prevenção."

Sendo assim, fique atento aos seguintes conselhos:



1>> Em primeiro lugar, você precisa conhecer o seu corpo. Em cada detalhe. Conhecer sua condição física, saber se está em situação favorável à prática de esportes. Para isso, o primeiro passo é consultar um médico. "O exame médico é obrigatório. Muitas pessoas possuem patologias e não sabem disso. São pessoas que ficam dez, quinze anos, sem ir ao médico, sem fazer um exame mais aprofundado e se metem a praticar esportes", explica o coordenador do curso de Educação Física da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas), Flávio Delmanto.

"Antes de começar a fazer uma atividade, é importante passar por uma consulta médica, conversar com um especialista. Mesmo que não sinta nada. Se sente alguma alteração, algum sintoma mais complicado, aí tem uma razão ainda mais importante para passar por um check-up", aconselha o Médico Especialista em Medicina Esportiva do CEMAFE/Unifesp, Paulo Zogaib. "Muitas vezes o jovem acha que não tem que fazer o exame. Mas, no fundo, também precisa. Se já fez exame e sabe que não tem problema físico, tudo bem. Mas o certo é que todos, independente da idade, façam exame médico antes de começar a praticar esportes", acrescenta Delmanto.



2>> Se você acha que basta bater uma bolinha no final de semana e está tudo certo, errou. Manter uma atividade física regular é o melhor caminho para uma prática esportiva saudável. É o que alerta o doutor Zogaib: "Não dá para fazer exercícios uma vez por semana, mesmo que o futebol só ocorra aos domingos. Se mantiver bom condicionamento, melhorar a condição cardio-respiratória, circulatória, muscular e fizer uma dieta, o indivíduo vai estar apto para jogar no fim de semana. O complicado é ele não fazer nada a semana inteira e, no fim de semana, jogar duas, três horas de futebol. O organismo não está apto a isso".

Deixar a manutenção física apenas para o futebol, ou o tênis, ou o vôlei - em geral, atividades de impacto - é uma agressão ao corpo. É como tirar um veículo do zero e exigir que, em poucos instantes, ele chegue a 200 km/h e mantenha esse desempenho. "Tudo que se puder fazer é ponto favorável para atenuar o impacto exagerado. Mesmo que a pessoa só possa fazer, realmente, uma caminhada duas ou três vezes por semana. Já seria alguma coisa e traria resultado", acrescenta Barros.



3>> A palavra-chave é prevenção. Se você está se cuidando, fez o check-up preventivo, está mantendo um bom condicionamento físico, parabéns. Suas chances de obter um bom desempenho - no sentido da saúde, não apenas de alcançar vitórias - são maiores. No entanto, se você não segue nada disso, e durante a pratica sentiu algo diferente, ainda que de leve, pare. Esse é um sinal do seu corpo de que algo está errado. Aí, é hora de procurar um médico e relatar a ele o problema, fazer um check-up e garantir que tudo não passou de um susto.

"Se o indivíduo sentir a respiração ofegante, ou seja, falta de ar; batedeira no peito; suor profuso; tontura; desmaio; dor de cabeça; dor abdominal persistente: esses são sinais de que alguma coisa não está funcionando legal", alerta Zogaib. "Então, o cara tem que parar, fazer uma avaliação física, passar por uma consulta médica. Nesses casos, é claro que o organismo não está suportando a carga e alguma coisa está fora da programação."



No mais, o que importa é curtir o seu futebolzinho (ou o tênis, a natação, o vôlei) com seus amigos com tranqüilidade. Se estiver tudo seguro, o esporte irá acrescentar saúde à sua vida. Não apenas no reflexo do condicionamento físico, mas também em relação à saúde mental, efetivamente como uma terapia. "Se a pessoa puder estender essa proposta a algo um pouco mais metódico, como manter uma atividade regular e depois jogar, além de ter o prazer e a integridade física preservados, ele registrará melhora de saúde e da qualidade de vida em conseqüência disso", finaliza Barros.

quinta-feira, maio 20, 2010

Fomos eliminados da Taça.

Disputámos na 4ª Feira, no campo de jogos das Figueiras, em Santo António, os quartos finais da taça de S.Miguel, contra o Operário. Jogo muito difícil, em virtude do nosso adversário ter muito valor e acima de tudo estar muito moralizado pela conquista do titulo de campeão. O jogo começou com o nosso adversário a jogar muito forte e a fazer um pressing muito alto, obrigando-nos abaixar linhas.Tinhamos que jogar com as nossas armas, e neste aspecto tivemos muito bem em termos tácticos, tapando todos os espaços e linhas de passe ao nosso adversário. A única forma de jogarmos nesta fase, era em transições rápidas ou em contra-ataques, para os surpreender e foi o que aconteceu. Chegamos ao intervalo a vencer por 1-0. Após o reinicio do encontro, entraram novamente muito fortes, e com um futebol apoiado, chegaram ao empate. A minha equipa não baixou os braços e num contra-ataque, fizemos o 2-1. Apartir daqui e sem motivos aparentes, caímos em termos anímicos, permitindo ao nosso adversário criar espaços que até aqui não tinham tido. Claro, com espaços o nosso adversário é muito forte e com a ajuda da sua aguerrida claque, deram com naturalidade a volta ao mercador. Quero felicitar o nosso adversário pelo óptimo jogo que efectuaram e desejar muitas felicidades para o resto da prova. Nós, vamos entrar num período curto de ferias e depois preparar a nossa participação no torneio internacional de Fermentelos, nos dias 24,25,26 e 27 de Junho. Boa arbitragem do Travassos.




Resultado Final. Santa Clara: 2 Operário: 6



P.S. Peço desculpa de não estar presente da cerimónia da entrega da taça, mas não sabia mesmo e, com naturalidade fui para o balneário.

Medina

domingo, maio 16, 2010

Taça de S.Miguel

Depois de termos eliminado o Desportivo de Rabo de Peixe por 1-23, para a Taça de São Miguel, neste fim de semana calhou-nos o Maia. Num jogo bem jogado, vencemos por 0-6.Sendo assim, conseguimos passar para a próxima eliminatória, que será jogada contra o Operário, no Jacome Correia.

quarta-feira, maio 12, 2010

Voltei.............

Devido a problemas de saúde, estive que estar ausente da região por alguns dias. Por esse motivo não pude vir ao meu espaço. Não sabem o que me aconteçeu. Realmente gostava de ver uma tourada de Praça, mas depois de ver duas, uma como embolador e outra como espectador, virei-me um grande aficionado da FESTA BRAVA. Nunca pensei, mas é um espectaculo!!!!

Dentro de dias, farei uma reportagem com fotos e videos