quarta-feira, março 07, 2012

Campeonato de São Miguel: Capelense, 0 – Santa Clara, “B” 6: Há dias assim…

Ficha do jogo:
Estádio Municipal Jácome Correia

Tarde calma e sombria, relvado sintético em óptimo estado, público em número muito considerável.

Árbitro: André Almeida

Assistentes: Sérgio Costa e Luís Fundo

Capelense: João Andrade; Manuel Marques, Quental (Cap.), Rui Oliveira e Zé Pacheco; Valtinha, Bruno Sousa, (Rodolfo, aos 75’) Bolinhas e Rúben Leite; Oliveira (João Pereira, aos 71’) e Camilo (Mauro, aos 45’+1).

Suplentes não utilizados: Hugo.

Disciplina: Cartão “amarelo” para João Andrade (55’); Rui Oliveira (55’); Zé Pacheco (68’); Valtinha (76’) e Bolinhas (90’+3).

Cartão “vermelho” directo para João Pereira (90’+1). O treinador recebeu ordem de expulsão (55’).

Treinador: Sidónio Ferreira

Santa Clara “B”: Rui Vieira; Vítor Sousa, Filipe, António Alves (Cap.) e Tiago Resendes; Chalana, N’dão e Hélder; Aurínio, (Bruno Melo, aos 74’) Caniggia (Miguel Mendonça, aos 77’) e Basílio (Rui Mota, aos 81’).

Suplentes não utilizados: Vítor Vieira, Ivo, B-10 e Luís Filipe

Disciplina: Nada a registar.

Treinador: Prof. Pedro Bermonte

Ao intervalo: 0-1

Resultado final: 0-6

Marcadores: Caniggia (43’ e 72’)); Basílio (50’); Chalana (55’gp. e 65’) e Hélder (79’).

***

Mesmo os mais optimistas admitiriam em circunstância alguma, um desenlace tão desnivelado neste jogo, disputado entre duas equipas que estão inseridas no grupo dos “mais poderosos” para os jogos da 2.ª fase, no jogo mais acatado no fecho da 1.ª fase do campeonato de São Miguel de futebol.

À partida para este duelo, os dois emblemas estavam separados por sete pontos, com vantagem natural para as cores encarnadas, mas uma possível vitória a acontecer para os homens equipados de negro, poderia relançar as equipas para uma fase derradeira muito equilibrada e quiçá, bem mais competitiva.

Assim e face ao descalabro registado na tarde do pretérito domingo, os comandados de Sidónio Ferreira ficaram a dez pontos de distância do Santa Clara “B” e o mais provável mesmo, é terem dito o adeus definitivo em relação ao título, objectivo que a partir de agora, passa a estar mais ao alcance das equipas do Santa Clara “B” e do D. R. Peixe, que se encontram separadas por escassos quatro pontos na pauta classificativa.

Em relação ao jogo Capelense – Santa Clara “B” disputado no velhinho, mas muito renovado Estádio Municipal Jácome Correia, diremos que foi presenciado por numeroso público, onde há a registar a invencibilidade quebrada pelo Capelense, estatuto que mantinha há já dez jornadas.

As duas equipas durante a primeira parte franquearam algum equilíbrio e as oportunidades distribuíram-se, com os guarda-redes a terem de sobressair, evitando por isso males maiores para as suas redes.

Tanto é que o primeiro grande ensejo de perigo iminente surge para o Santa Clara “B” à passagem do primeiro quarto de hora com Aurínio a ter nos pés o golo inaugural, valendo no entanto, a boa intervenção do guardião João Andrade. No prosseguimento da jogada, Chalana remata forte, a bola sai fora do alvo.

Aos 30’ é a vez do Capelense espreitar o perigo. Bolinhas de livre tenta surpreender Rui Vieira, mas este atento anula o pontapé, socando para a frente.

Volvidos 5’ de novo a formação das Capelas a criar perigo, com Bruno Sousa a rematar logo no imediato, quando tinha tudo para fazer o golo caso atingisse mais alguns metros. Aqui valeu de novo a boa atitude do guardião encarnado.

Ainda antes do intervalo, surge o primeiro golo do Santa Clara “B”. Caniggia completamente liberto de adversários fez o mais fácil, empurrando a redondinha para a baliza adversária.

Na etapa complementar, o Capelense voltou transformado para o jogo. Os seus jogadores sentiram o peso da responsabilidade mas, acabaram permitindo ao opositor ampliar a vantagem, na sequência de um excelente pontapé do veterano jogador Basílio, perante tantas facilidades encontradas.

Na jogada seguinte, surge o “caso do jogo”. Hélder cai na área do Capelense em luta com João Andrade e o assistente Sérgio Costa de pronto a assinalar a respectiva grande penalidade muito contestada aliás, pelos homens da casa. Na sequência do lance, o treinador Sidónio Ferreira é “convidado” pelo juiz da partida a abandonar o banco dos técnicos, supostamente por palavras menos próprias dirigidas ao dito assistente. Chalana chamado a converter o castigo máximo eleva o placard para 0-3. Pouco tempo depois é Quental que arrisca o tento de honra para a sua equipa, mas o remate forte com o pé esquerdo é travado uma vez mais por Rui Vieira.

Os restantes três golos aconteceram devido a erros originários, depois de uma apatia tremenda consentida pelo sector mais recuado do Capelense, que nunca mais se encontrou a partir do lance da grande penalidade. Em suma, diremos que o score final é castigo demasiado pesado para o conjunto de Sidónio Ferreira, que tudo fez para sair do jogo com um desfecho mais consentâneo.

A tarde menos conveniente do Capelense foi bem aproveitada pelo líder, que deixa agora a formação das Capelas a dez pontos de distância e parte para a 2.ª fase com quatro pontos de vantagem sobre o D. R. Peixe.


Resultados da 14.ª jornada (última da 1.ª fase):

V. Formoso, 2 – D. S. Roque, 2

B. Fogo, 1 – D. R. Peixe, 3

U. Nordeste, 4 – M. Mar, 1

Capelense, 0 – Santa Clara “B”, 6

A classificação está assim ordenada:

1.º Santa Clara “B”, 32pts; 2.º D. R. Peixe, 28; 3.º Capelense, 22; 4.º V. Formoso, 21; 5.º U. Nordeste, 17; 6.º B. Fogo, 14; 7.º D.S. Roque, 13; 8.º M. Mar, 8.

P.S. Por este andar o Santa Clara vai ser o próximo campeão de São Miguel de Futebol. O problema maior que revejo neste projecto é a série Açores terminar na época 2013/2014.
Na altura pediram-me a minha opinião e concordei com ela, porque era prolongar a ligação e, acima de tudo, a formação de diversos atletas com condições para singrar no futebol, mas por qualquer motivo  não iriam conseguir atingir outros patamares.
Claro, que a competividade neste caso é muito importante e, queiram ou não, a série Açores já tem outro andamento e concerteza que a experiência adquirida era fundamental para o crescimento destes atletas.
Assim, penso que este projecto tem que ser revisto...Também é verdade que ainda não sabemos o que virá a seguir, porque o futebol Português é fértil em cambalhotas...

Medina

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