Defesa do Operário foi forçado a abandonar o futebol por motivos de saúde. Jovem de 18 anos foi homenageado antes do jogo com o Oliveira do Bairro. Plantel ofereceu-lhe uma camisola autografada.
O futebol acabou para Milton Freitas quando mal tinha começado a carreira como jogador sénior. O jovem de 18 anos, formado no Operário, despediu-se do desporto-rei por motivos de saúde que o impedem de continuar a praticar a modalidade que abraçou no emblema de Lagoa há sensivelmente dez anos.
Milton, defesa-central, fez toda a formação nos fabris e as suas qualidades não passaram despercebidas ao treinador da equipa sénior, Francisco Agatão, que há meio ano atrás não receou lançar o jovem de 17 anos na equipa titular do Operário. A estreia aconteceu a 30 de Março de 2011, em Évora, frente ao Juventude local, desafio que os lagoenses empataram a uma bola.
Daí para cá Milton disputou mais seis jogos, num total de 455 minutos em sete partidas, quatro delas como titular, três na condição de suplente utilizado. A sua polivalência permitiu que tanto jogasse a central como à direita da defesa. Tinha lugar garantido no plantel sénior para a temporada em curso ainda com idade júnior.
O jovem defesa completou os 18 anos a 23 de Maio passado, integrou a pré-época com a expectativa de alcançar a profissionalização, mas quando foi titular na partida de carácter particular disputada nos Arrifes, frente ao Águia, a 13 de Agosto, estava ainda longe de pensar que aquele seria o seu último desafio.
Os exames médicos detectaram algumas complicações que, posteriormente, foram aprofundadas com nova bateria de observações clínicas. Depois de dois meses num impasse, o diagnóstico menos esperado surgiu: Milton não poderia continuar a jogar futebol.
No sábado passado, antes do encontro com o Oliveira do Bairro, o plantel tributou-lhe uma justa homenagem e dedicou-lhe a vitória por 1-0, golo de Cissé. Recebeu de recordação uma camisola autografada por todos os elementos do plantel. Milton deixou prematuramente o futebol com a certeza de que poderia tornar-se um jogador importante mas tem uma vida para viver pois os problemas de saúde apenas o impedem de praticar desporto.
P.S. Era um jovem jogador cheio de potencialidades. Fui uma perca para o futebol, mas a vida não acaba aqui e, concerteza, que vai encontrar outras motivações para ter uma saúde tranquila e sem sobressaltos. Ao Milton desejo as melhores felicidades e que tudo corra conforme os teus desejos.
Medina
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