sexta-feira, abril 20, 2012

Angrense admite rever política para a formação



Sport Clube Angrense reúne esta noite (20:30), em Assembleia-Geral Ordinária, na respetiva sede social, constando da ordem de trabalhos dois pontos: 1 - Apreciação e votação do relatório de gestão e contas relativo ao exercício em termo, bem como o parecer do Conselho Fiscal; 2 - Outros assuntos de elevada importância para o futuro da atividade desportiva da coletividade.

Se em relação ao primeiro ponto tudo se encaminha para uma aprovação pacífica dos documentos, atendendo à política de rigor orçamental que é imagem de marca da instituição, o mesmo não se pode dizer do segundo, uma vez que é suscetível estarem em causa mudanças profundas no que diz respeito à atividade desportiva do Angrense, essencialmente ao nível da formação.

"Vamos discutir o futuro do projeto de desenvolvimento desportivo da formação no Angrense. Como é do conhecimento público, o desporto tem vindo a sofrer cortes orçamentais em percentagens elevadas, como, por exemplo, se verificou este ano por parte da autarquia (aproximadamente 25% em relação à época anterior, mesmo tendo subido de divisão), ficando, assim, em causa toda a dinâmica que gira em torno do projeto de formação, algo que consideramos um autêntico 'serviço público'. Estamos a falar de um projeto que acarreta custos elevados. As várias equipas dos escalões de formação correspondem a cerca de 80% de toda a atividade desportiva do Angrense, considerando as horas de treino e os oito jogos que a formação efetua semanalmente", afirma, a propósito, o presidente encarnado, Avelino Luís Gonçalves.

"É preciso lembrar, sobretudo aos mais incautos, o papel que o desporto desempenha na sociedade, que passa pela promoção de hábitos e estilos de vida saudável, sociabilização, cooperação, ocupação de tempos livres, afastamento dos jovens de maus comportamentos, etc.", acrescenta, visivelmente preocupado.

Entretanto, DI sabe que em cima da mesa vão estar várias alternativas, sendo uma delas a eventualidade de a formação passar a ser suportada pelos progenitores dos atletas. A redução do número de equipas é outra possibilidade, até porque, diz o presidente, "no Angrense canaliza-se muitos recursos próprios para a formação".

P.S. Concordo com o presidente do Angrense. Nunca se devia retirar dinheiro para a formação, podiam muito bem tirar  de outras coisas. Porque para além de se formar atletas estamos formando homens para o futuro, e os clubes se tiverem condições ou melhor darem condições, os miúdos tomam o gosto e ficam mais motivados. Muito melhor que andarem por outros lados da vida...enfim?

Medina
Ponta Delgada





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